A Comissão Regional do PS-Madeira, reunida hoje, marcou as eleições internas do partido para o próximo dia 31 deste mês e o Congresso Regional para 22 e 23 de fevereiro, com Paulo Cafôfo a voltar a candidatar-se à liderança.
A votação para a marcação das datas contou com 71 votos a favor, quatro contra e a seis abstenções, sendo que as candidaturas terão de ser entregues até ao próximo dia 21 de janeiro.
Na ocasião, o presidente do PS-M explicou que estes prazos são definidos tendo em conta o contexto político e a marcação de eleições regionais pelo Presidente da República. Sendo a data mais próxima para as ‘Regionais’ o dia 16 de março, a entrega das listas de candidatos terá de ser feita no Tribunal 40 dias antes, ou seja, a 3 de fevereiro. Como tal, explicou que “as eleições internas têm de se realizar a 31 de janeiro, para o presidente do partido ser ele próprio cabeça de lista e ter a possibilidade de elaborar as listas de candidatos à Assembleia Regional”.
Com a realização das eleições internas, Paulo Cafôfo considera que estão criadas as condições para que o futuro presidente do Partido possa ser ganhador numas eleições decisivas para a Região, onde é preciso estabilidade e compromisso.
“Ao contrário de Miguel Albuquerque, que tem medo de realizar eleições internas – aliás tem recusado sistematicamente fazê-lo – eu não tenho medo de me submeter, com humildade, à votação e à decisão dos militantes do meu partido. Miguel Albuquerque não quer submeter-se a eleições internas porque tem medo, porque está agarrado ao lugar de presidente do Governo, porque sabemos bem que a única motivação que tem é continuar como presidente do Governo para não responder à justiça e beneficiar da imunidade que tem enquanto conselheiro de Estado”, afirmou o líder dos socialistas.
Instado pelos jornalistas a respeito dos prazos para as internas, Paulo Cafôfo reafirmou que são condicionadas pelo contexto político, mas salientou que quando Carlos Pereira lançou o desafio “já sabia muito bem quais eram os prazos”.
O presidente do PS deixou também fortes críticas a Carlos Pereira, acusando-o de falta de coragem, já que num dia diz que quer avançar para a liderança, mas, no outro a seguir, quando lhe é dada essa oportunidade, “não avança”. “Ficou claro que as suas intenções continuam a ser só as de prejudicar o Partido”, acrescentou.
“Qualquer militante tem direitos, mas não há nenhum militante que tenha o direito de pôr em causa a liderança do partido e depois, quando se dá a oportunidade de candidatar-se à liderança, não o faz. Os militantes têm direitos, mas não têm o direito de criticar na praça pública e nos jornais o partido e, quando deveriam participar nas reuniões, como estas, não participam e não dão a sua opinião internamente. Os militantes têm direitos, mas também não há nenhum militante que tenha o direito de falar dos resultados do PS, quando não contribui absolutamente nada para a melhoria desses resultados, porque não participa nem em campanhas eleitorais, nem em eventos. Bem pelo contrário, contribui para beneficiar os nossos adversários, porque está continuadamente a combater o PS”, condenou.
Paulo Cafôfo deseja que estas eleições sejam aproveitadas para “mobilizar o partido, com determinação, porque o importante é a Região e os madeirenses e porto-santenses, que merecem estabilidade”, vincando que o PS é o único partido que poderá liderar uma mudança e garantir estabilidade na Região, com toda a responsabilidade e compromisso.