Refira-se que o Governo Regional foi sempre um parceiro adormecido e deixou ao cuidado de uma empresa privada as orientações relativamente ao lnvestimento Direto Estrangeiro (lDE), cometendo um dos maiores erros de política económica dos últimos anos. Obviamente que os interesses privados nem sempre são iguais aos interesses públicos e, muitas vezes, são muito distantes, conduzindo a opções que privilegiam o interesse privado e não o bem comum. Cabia ao Governo Regional reposicionar esta matéria e relançar o CINM, aproveitando o enorme contributo e competência de um conjunto de operadores privados existentes na Região Autónoma da Madeira.
O primeiro passo para seguir o melhor caminho a bem da Madeira é a regionalização da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira, S.A. e a gestão integral do processo por parte das entidades públicas. Acresce ainda que, num momento de austeridade, de enormes sacrifícios e de necessidades financeiras, é do mais elementar bom senso que os principais proveitos de uma gestão desta natureza, além das questões fiscais, fiquem nas mãos da Região.
O líder do Grupo Parlamentar do PS considera grave que, depois de muitas solicitações de informações, não se conhece o contrato de concessão e acusa o PSD de ceder a interesses privados. Por seu turno, disse que era essencial que a gestão do CINM fosse pública, tendo defendido a aquisição das ações que os privados têm com a Sociedade de Desenvolvimento da Madeira, nomeadamente o grupo Pestana.
Jaime Leandro também considerou muito suspeito que ainda não se saiba o que pretende fazer o Governo Regional, no final da concessão, no próximo ano. Um secretismo que, para o PS, parece próprio de “uma sociedade mafiosa”.