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PS-M AVANÇA COM PROJECTO DE RESOLUÇÃO QUE VISA A COMPRA DE UM FERRY

Carlos Pereira aconselha o governo regional a equacionar de forma decisiva a aquisição de um navio para cumprir os requisitos básicos de mobilidade marítima, com regularidade, entre a Madeira e o Continente, por considerar que a Região “não pode manter esta situação instável e incerta no que respeita à mobilidade marítima”.É preciso fazer mais e fazer com mais determinação”, sugere Carlos Pereira, apontando para a necessidade de “um plano consistente e suficientemente abrangente da análise da mobilidade para todos os madeirenses, envolvendo todas as modalidades de transporte e apresentando as medidas que determinam a reestruturação das infra-estruturas e das formas de gestão em vigor”.

Quanto ao modelo de exploração do novo navio, os socialistas entendem que deverá ser alvo de ponderação e análise “desde que seja capaz de responder às necessidades dos madeirenses num quadro equilibrado de custo/benefício”.

O líder do PS-M julga que os madeirenses não podem ficar mais à espera, “pagando pela incapacidade política e pela insuficiência estratégica do governo regional”, manifesta em mais um adiamento inexplicável.

Mesmo não tendo dúvidas que a ligação ferry voltou a colapsar por “responsabilidade do governo que mostrou uma total incapacidade para desenhar um caderno de encargos adequado aos interesses dos madeirenses e à realidade do sector de transporte marítimo”, lamenta que ao fim de mais de dois anos de experiências e promessas o executivo de Miguel Albuquerque “nada tenha aprendido com o caso em questão e o concurso público internacional tenha acabado por ficar deserto porque o caderno de encargos estava absolutamente inquinado face à realidade”.

Na sua óptica, “pior ainda foi observar que a solução encontrada e já em curso não está muito distante das insuficiências da anterior: relançou-se o concurso com os mesmo termos, sem qualquer alteração, mas para um quarto da duração, ou seja, a Região propõe-se aumentar 4 vezes mais (em proporção) o subsídio previsto no primeiro concurso”.

Desconfia que o governo não tem noção “da profunda descredibilização que esta forma de fazer política introduz e, sobretudo, as suspeitas que acabam por emergir”. Carlos Pereira deixa mesmo várias questões: “O governo vai pagar 3 milhões de euro por três meses, o mesmo que estava disposto a pagar por doze!!? Porquê esta mudança de concurso em termos tão diferentes? Com base em que estudos? Ou estão outra vez a apostar no escuro, penalizando mais uma vez o contribuinte?”.

A observação é incontornável: “Há muita coisa por responder mas, sobretudo, há que reflectir se a opção política do governo regional deve ser esta que tem insistido, mesmo perante as sucessivas dificuldades”.