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PS-M acusa Governo Regional de não querer reabrir as urgências em Santana e no Porto Moniz

Passados que estão quatro meses desde a aprovação, na Assembleia Legislativa da Madeira, do projeto de resolução a recomendar ao Governo Regional a reabertura do atendimento permanente nos serviços de urgência de Santana e Porto Moniz, o grupo Parlamentar do PS questiona o porquê de esta decisão ainda não ter sido materializada.

A deputada Tânia Freitas encara este facto como uma prova de que o Governo do PSD/CDS não quer repor o funcionamento destes serviços durante 24 horas por dia, acusando a maioria parlamentar de apenas ter aprovado esta proposta com objetivos eleitoralistas.

“Foram muitos anos de promessas, principalmente em alturas de campanhas eleitorais, a última das quais para as Autárquicas de 2021, em que este Governo Regional e os partidos que o suportam utilizaram o argumento dos serviços de urgência 24h nos centros de saúde para angariar votos”, aponta a parlamentar, considerando que “antes das eleições todos se lembram da importância destes serviços, mas depois vivem uma amnésia política relativamente às promessas eleitorais e não cumprem com os seus deveres e compromissos”.

A deputada socialista, natural de Santana, recorda que há já 10 anos que vários serviços de urgência na Região (entre os quais o do centro de saúde local) foram encerrados. Como refere, este foi um período durante o qual, “com certeza, muitas vidas se perderam por não existir uma resposta concreta e rápida nestas localidades”.

Tânia Freitas lamenta o fecho dos serviços sem que tivessem sido criadas alternativas para dar resposta às necessidades da população, criticando o facto de esta decisão ter sido tomada com base em argumentos económicos e de alegada pouca afluência. “Estes não podem ser motivos credíveis, uma vez que uma vida não tem preço”, adverte, frisando que quem mais sofre com estas atitudes são as pessoas que vivem nestes concelhos, que “durante a noite ficam privadas de adoecer”.

A parlamentar vinca que o acesso à saúde é um direito inquestionável e que está previsto na Constituição e deixa duas perguntas ao Executivo madeirense: “Quanto vale uma vida? O que significa um cidadão que vive nestes concelhos para quem nos governa?”.

Tânia Freitas dá voz aos habitantes destes concelhos, que questionam “por que razão o Governo Regional mantém um assunto como este pendente durante anos e, pese embora o diploma aprovado na Assembleia, continuam sem acesso a este serviço”. “O Governo Regional vai respeitar este projeto aprovado no Parlamento? Este é um Governo credível, uma vez que coloca em primeiro lugar valores económicos em detrimento dos valores humanos?”, indaga ainda a deputada.