O presidente do PS-Madeira defendeu, hoje, a necessidade de serem implementadas medidas que permitam valorizar a produção regional e aumentar os rendimentos de quem se dedica à agricultura e à pecuária.
Sérgio Gonçalves, que esta manhã visitou a Expo-Pecuária, na freguesia de Ponta Delgada, destacou a importância deste setor para a Região, mas constatou que, na verdade, “existem muito poucas medidas para melhorar as condições de quem se dedica à agricultura e à pecuária”.
O líder socialista deu conta que, em 10 anos, no período entre 2009 e 2019, a área agrícola na Região diminuiu 15% e a produção pecuária reduziu para metade, tendo criticado o Governo Regional por, no momento em que tinha oportunidade para apoiar o setor, através do Plano de Recuperação e Resiliência, não ter alocado quaisquer verbas ao mesmo.
Sérgio Gonçalves aproveitou para alertar para o facto de os rendimentos de quem se dedica à agricultura e à pecuária na Região Autónoma da Madeira serem os mais baixos de todas as regiões do País, com a média a não atingir sequer o valor do salário mínimo regional.
“Nós precisamos de medidas para inverter esta situação, medidas que valorizem a produção regional e que aumentem os rendimentos de quem se dedica à agricultura e à pecuária”, afirmou, lembrando que o PS tem apresentado inúmeras propostas na Assembleia Legislativa da Madeira, mas que têm sido rejeitadas pela maioria PSD-CDS e pelo próprio Governo Regional, que não as implementa.
O PS defende cadeias curtas de distribuição com vista a valorizar a produção regional, através do projeto de compras públicas ecológicas, ao abrigo do qual as entidades públicas comprariam produtos regionais para as cantinas, hospitais e escolas. De igual modo, os socialistas propõem-se a implementar medidas que incentivem o principal setor de atividade – o Turismo – a comprar produtos regionais, bem como campanhas que incentivem os madeirenses a consumirem aquilo que é produzido na Região. Conforme apontou, o facto de os madeirenses terem os mais baixos rendimentos do País faz com que, muitas vezes, mesmo querendo adquirir produtos regionais, não o possam fazer, porque acabam por ser mais caros.