A deputada destacou a importância do trabalho levado a cabo pelos médicos, lembrando, no entanto, que são os enfermeiros que estão em maior número, possuem uma maior abrangência e estão capacitados nas mais diversas especialidades nos serviços hospitalares e nos cuidados de saúde primários. Sofia Canha frisou ainda que ouviu da parte da Ordem uma grande preocupação com a “carência dos serviços hospitalares, nomeadamente nas listas de espera para consulta, tratamento e cirurgias, que não se conseguem resolver”.
Os serviços primários e a consequente dificuldade em “dar uma resposta que evite que as pessoas recorram aos serviços hospitalares” foi outra das questões abordadas. Nesse sentido, o partido defende uma reorganização dos recursos humanos que existem, mas que continuam a falhar nos serviços primários.
A parlamentar socialista reforçou que este é um problema de organização, motivo pelo qua esta reunião foi essencial de modo a que se afira as necessidades do sistema. Frisa, contudo, não chega “fazer uma gestão com base em estatísticas e rácios” sendo preciso “olhar para as comunidades e para os utentes e ver quais são as maiores necessidades, de modo a dar resposta a estas questões”.
Acrescentou ainda que a suposta contratação de 400 enfermeiros é insuficiente face às necessidades do setor. Dado as infraestruturas existentes em toda a região é preciso garantir “os recursos, os meios e os incentivos para que funcionem, para que os enfermeiros especialistas possam exercer, porque é a comunidade que vai beneficiar”.
Sofia Canha relembrou que “já foi anunciado que as USF são, depois desta fase experimental, para aplicar em toda a Região”, mas diz temer que se repitam os mesmos erros que têm ocorrido em outros concelhos, como é o caso da Ponta do Sol onde não estão integrados enfermeiros especialistas.