A vereadora do Partido Socialista na Câmara Municipal da Calheta alertou, hoje, para a necessidade de ser garantida a qualidade da água potável que chega às torneiras dos cidadãos em determinadas freguesias do concelho.
Sofia Canha adianta que vários moradores do Arco da Calheta, Fajã da Ovelha, Paul do Mar e Jardim do Mar lhe têm feito chegar queixas acerca da “qualidade duvidosa” da água para consumo, pelo que solicita à autarquia que envide todos os esforços para que o fornecimento da água seja feito com a qualidade e segurança desejáveis.
Na missiva endereçada ao presidente da Câmara Municipal, Sofia Canha adianta que a qualidade da água que chega às casas e aos serviços em algumas freguesias nem sempre é garantida, conforme relatos de munícipes, o que coloca dúvidas sobre o controlo e monitorização dos parâmetros microbiológicos da água e até dos níveis de segurança para consumo.
Como dá conta a vereadora socialista, o proprietário de um estabelecimento chegou, inclusive, a enviar fotografias que mostram bem os sedimentos acumulados num filtro instalado numa máquina. O cidadão em causa refere que teve de colocar filtros na entrada dos equipamentos, para evitar estragos, e que coloca pastilhas de cloro na água potável do espaço que gere, de modo a evitar problemas de saúde aos seus clientes. Mais adianta Sofia Canha que, na freguesia do Jardim do Mar, é recorrente a água apresentar, a olho nu, um aspeto sujo.
“Felizmente, o concelho da Calheta não padece de falta de água, mas espera-se que a qualidade da mesma seja assegurada”, afirma a vereadora do PS, explicando que o fornecimento em condições de potabilidade e salubridade é da responsabilidade, em baixa, da Câmara Municipal e, em alta, do Governo Regional, através da empresa pública ARM.
Sofia Canha alerta que a publicação dos resultados das análises da água na página eletrónica da autarquia, que são da responsabilidade da ARM, não é acompanhada de elementos identificativos das zonas de abastecimento ou de outras informações que permitam a compreensão e a legítima interpretação das mesmas. “Publicar a informação só para cumprir a lei e não facilitar a sua interpretação por parte dos munícipes é inaceitável”, critica.