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PS deixa nas mãos da Justiça investigação às obras inventadas e favorecimentos de grupos económicos

O PS-Madeira formalizou, esta tarde, no Departamento de Investigação e Ação Penal do Funchal, a queixa relativa às denúncias feitas pelo ex-deputado Sérgio Marques sobre obras inventadas, cedência a pressões e favorecimentos do Governo Regional a grupos económicos.

À saída do Palácio da Justiça, Sérgio Gonçalves vincou aos jornalistas que em causa estão “acusações muito graves e confissões de quem conhece o regime e o PSD-Madeira por dentro”, lembrando que Sérgio Marques foi deputado aos parlamentos regional, nacional e europeu e secretário regional.

“Foi precisamente enquanto secretário regional que considerou ter sido afastado por pressões de grupos económicos – uma das acusações que é feita e que é extremamente grave. Por outro lado, denunciou favorecimentos a esses mesmos grupos económicos e toda uma série de obras desnecessárias que foram realizadas na Madeira, que endividaram a Região e todos os madeirenses e que todos continuamos a pagar”, afirmou o presidente do PS-M.

O líder socialista explicou que estes factos deram origem à comissão de inquérito, solicitada pelo PS ao abrigo do direito potestativo, denunciando posteriormente a tentativa de bloqueio assumida pelo PSD-CDS ao longo de toda a comissão, já que os quatro inquiridos apenas foram ouvidos também de forma potestativa. “Ao longo de todo este processo houve sempre uma maioria de bloqueio, um coletivo de advogados que tentou apenas esconder a verdade dos madeirenses”, disse Sérgio Gonçalves, acrescentando que “chegámos ao cúmulo de, esta semana, termos discutido na Assembleia Legislativa da Madeira um relatório omisso, com várias falhas relativamente àquilo que foi discutido e dito na comissão de inquérito”, nomeadamente o facto de Sérgio Marques “ter reiterado e ter dito que não retirava uma única vírgula a tudo aquilo que tinha afirmado ao DN de Lisboa”.

O presidente dos socialistas denunciou a tentativa clara da maioria de “esconder a verdade aos madeirenses”, algo que o PS, desde logo, afirmou que não ia permitir que acontecesse. “Desde o primeiro momento dissemos que iríamos até às últimas consequências e a formalização desta queixa é precisamente isso, porque entendemos que existem indícios de várias práticas que podem ser consideradas crimes”, declarou Sérgio Gonçalves, frisando que “compete agora ao Ministério Público deduzir as acusações e aos tribunais julgar aquilo que tiver de ser julgado”.

Com a formalização desta queixa, o líder do PS espera que a Justiça faça o seu trabalho e que seja aberto um processo de inquérito a todas estas matérias que visam, acima de tudo, o presidente do Governo Regional e o Governo Regional da Madeira”.