O presidente do PS-Madeira defendeu, hoje, um novo regime silvopastoril para a Madeira que contemple o regresso do gado às serras de forma orientada, apontando esta como uma forma de preservar a atividade pastorícia e, ao mesmo tempo, controlar as espécies de plantas infestantes – algumas altamente combustíveis – e proteger o ambiente.
Sérgio Gonçalves, que participou na Festa das Tosquias, promovida pela Associação de Pastores das Serras de Santo António, São Roque e Areeiro, vincou que o PS há muito que está do lado dos pastores e que tem vindo a apresentar medidas neste sentido, aproveitando para lançar severas críticas ao CDS, que traiu os criadores de gado.
Como referiu, até às eleições de 2019, o CDS defendia esta atividade, o regresso do gado às serras e o pastoreio ordenado, mas depois, “juntando-se ao PSD numa coligação pós-eleitoral, traiu os pastores e tudo aquilo que defendia”, votando inclusivamente contra o novo regime silvopastoril que o PS apresentou na Assembleia Legislativa da Madeira.
Como explicou o líder socialista, o PS cumpriu a palavra que deu aos pastores e apresentou o referido projeto no Parlamento. Uma iniciativa que não se limitava ao pastoreio, mas que previa igualmente a utilização dos terrenos nas serras (os quais os proprietários estão impedidos de utilizar) para atividades como a produção de lenha ou a recolha de pinhas. “Tudo isto seria importante para proteger o meio ambiente, mas também para dar rendimento aos proprietários”, disse, acrescentando que isso é fundamental para que se possa manter estas atividades tão importantes e se possa defender o setor primário na Região.