O deputado Paulo Cafôfo, porta-voz do grupo, em declarações à comunicação social, deu conta dos indicadores económicos da Região, que apresentam uma constante subida no número de empresas que se encontram em regime de lay-off.
“O número de empresas que estão em regime de lay-off têm estado constantemente a aumentar, na Região são mais de 3.330 empresas, num universo de mais de 43 mil trabalhadores”, explicou, apontando ainda “a preocupação na evolução do número de trabalhadores no desemprego, valor esse que terá, tendencialmente, a aumentar”.
Paulo Cafôfo refere mesmo que “o PS-Madeira está preocupado com a situação económica da Região”, mas aponta também que “numa altura em que sabemos que teremos o orçamento suplementar, de onde virão verbas extraordinárias, seja por via da autorização do financiamento já dado pelo Governo da República, seja mesmo de verbas vindas da União Europeia, é importante que saibamos onde aplicar esse dinheiro, e que saibamos também que o investimento público será fundamental para alavancar toda a economia”.
Desta feita, afirma que “precisamos de um programa onde se define em que áreas esse investimento público deverá acontecer e qual a estratégia que será utilizada nas políticas públicas para criar novas oportunidades naquela que é a atividade económica da Região”.
Paulo Cafôfo alerta assim para uma gestão responsável e pensada, ao contrário do que tem acontecido na Região.
“E digo isto porque não pode acontecer como a obra do novo hospital, um investimento estruturante, que tem sofrido atrasos atrás de atrasos. E que apesar de estar inscrita no orçamento não vai para o terreno este ano”, exemplificou,
O deputado socialista defende que o investimento público deverá ser de caráter reprodutivo na economia, explicando assim que “precisamos de novos mecanismos de apoio às empresas, a fundo perdido, mas direcionado para determinadas áreas onde se possa dar um ‘salto’ qualitativo naquilo que é o paradigma de desenvolvimento da Região”.
“Falo do apoio a fundo perdido para as empresas que possam inovar em termos tecnológicos, dando o tal ‘salto’, na economia digital, mas também apoios para empresas que tenham na sustentabilidade ambiental e energética o seu foco e a sua reorganização”, acrescentou,
Paulo Cafôfo defendeu ainda a necessidade de o investimento público ter que, efetivamente, “melhorar a qualidade de vida da população”, através de uma forte aposta na reestruturação do sector da Saúde e no reforço da estratégia de habitação social