O PS defende um novo regime silvopastoril que encare o pastoreio dirigido como um serviço público, considerando que os rebanhos acompanhados por pastores devidamente habilitados podem ser uma forma de diminuir o risco de incêndio na Região e prevenir situações dramáticas como as que ocorreram na Calheta e em outros concelhos no fim do ano passado na Madeira, devendo estes pastores ser apoiados por área limpa.
Esta tarde, no âmbito da passagem da caravana socialista pela Calheta, Paulo Cafôfo especificou que o novo regime silvopastoril preconizado pelo PS prevê a regulamentação do procedimento de autorização de pastoreio e passagem de animais em espaços e explorações agroflorestais públicas e privadas, mediante a autorização dos seus proprietários, devendo, no entanto, a atividade continuar interdita em áreas de reserva total ou parcial.
A medida defendida pelos socialistas assenta no pressuposto de que os animais em pastoreio, acompanhados do seu detentor ou pastor, podem ser controlados e orientados no sentido de adaptar a sua intervenção no ecossistema e na paisagem a objetivos bem definidos, como a redução do risco de incêndio em zonas previamente definidas como prioritárias.
Lembrando os episódios devastadores ocorridos recentemente na Madeira, o candidato do PS fez notar que o fogo só afrouxa perante paisagens resilientes e dinâmicas, planeadas com o objetivo de reduzir o risco, considerando o pastoreio como a medida mais viável do ponto de vista económico e ecológico de redução da carga combustível, mas podendo também funcionar como um aliado na segurança das populações, na resiliência do território, na promoção de emprego e na produção alimentar.
“Não temos dúvida de que a atividade de pastoreio, quando bem enquadrada, com os animais em rotatividade, acompanhados pelos seus detentores ou pastores com formação, permite a criação de valor e o enquadramento social necessário, pelo que deve ser incentivada, enquanto serviço público que presta à Região, gerando rendimento a quem mantém o território ocupado, produtivo e mais seguro”, sustentou Paulo Cafôfo.