O Grupo Parlamentar do PS defendeu, hoje, a implementação de uma estratégia regional para a formação profissional que seja capaz de responder às necessidades do mercado de trabalho e às aspirações dos alunos, ajudando a resolver o problema da falta de quadros qualificados na Região.
Em conferência de imprensa, o deputado Rui Caetano deu conta que a Madeira recebeu milhões e milhões de euros para a área da formação profissional e da qualificação, mas não foi capaz de resolver os problemas estruturais existentes.
Como adiantou, há vários indicadores preocupantes, um dos quais o facto de cerca de 40% dos alunos que estão no ensino secundário nos últimos três anos abandonarem o ensino profissional. Para além disso, e de acordo com um estudo divulgado, a Madeira é a região do país que apresenta menos cursos profissionais no ensino secundário, sendo que mais de 20% dos cursos ministrados “não estão alinhados nem concertados com a estratégia regional de especialização inteligente definida pelo próprio Governo Regional”.
A existência de cerca de 6.600 jovens entre os 16 e os 34 anos que não estudam nem trabalham e a falta de quadros qualificados em várias áreas de especialização, que leva a que haja várias ofertas de emprego que não conseguem resposta, foram outras preocupações manifestadas, com Rui Caetano a acusar o Governo Regional de falta de estratégia nesta área. “O senhor secretário fala muito de números e anda obcecado com o ensino digital e os tablets, mas não apresenta respostas nem uma linha estratégica para tentar resolver estes problemas”, criticou. O parlamentar socialista defende um plano regional de formação profissional que, de forma concertada, junte a tutela, os diretores das escolas secundárias, os responsáveis pelas escolas profissionais e os empresários, identificando os cursos que são necessários e fazendo um estudo em todas as escolas sobre que alunos estão interessados em frequentar os mesmos. Como explicou, é preciso planificar onde é que esses cursos vão abrir, sendo que o Governo Regional deve garantir o transporte, a alimentação e outras condições que poderão ser necessárias para que os alunos se sintam valorizados e atraídos para os frequentar.