O presidente do PS-Madeira denunciou, hoje, que não tem havido da parte do Governo Regional uma efetiva política de apoio às empresas na área das tecnologias.
Sérgio Gonçalves falava esta manhã, aquando de uma visita à ‘Asseco’, uma empresa de referência a nível regional e nacional na área das tecnologias, setor que classificou de muito importante para a diversificação da economia e para a criação de mais empregos e melhor remunerados.
“Esta empresa é um desses exemplos, mas, infelizmente, da parte do Governo Regional não tem existido uma política de apoio efetivo à área das tecnologias”, constatou o líder dos socialistas madeirenses, dando conta que isso é facilmente comprovável com o facto de o Executivo ter alocado todas as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para o setor público. “Foram 561 milhões de euros de subvenções atribuídas à Região Autónoma da Madeira – 5% do total do PRR nacional – e o Governo Regional optou por alocar tudo a investimento público”, vincou.
Do mesmo modo, Sérgio Gonçalves lamentou que os 114 milhões de euros para a transição digital se destinem apenas à transição digital da administração pública. “Não houve verbas para apoiar as empresas, quer aquelas que já existem e que têm alguma dimensão, como esta que hoje visitámos, mas também ‘start up’, empresas mais pequenas e novos projetos inovadores que poderiam surgir na Região”, afirmou.
Nesta iniciativa, inserida no âmbito do roteiro ‘Compromissos e Soluções’, promovido pelo Grupo Parlamentar do PS, o presidente dos socialistas referiu-se também ao sistema de incentivos ‘Digital Madeira’, criado este ano, que teve uma dotação orçamental de apenas 4 milhões de euros. “Portanto, foram 114 milhões de euros para administração pública regional e apenas 4 milhões para o tecido empresarial, que nós sabemos que é fundamental para criar emprego, para criar oportunidades e para reter muitos dos jovens que, infelizmente, continuam a sair da Madeira por falta dessas mesmas oportunidades, de terem condições para aqui se fixarem, fazerem a sua vida, constituírem família e, assim, resolver muitos dos problemas estruturais que a Região tem, um dos quais a questão demográfica”, rematou.