O Partido Socialista congratula-se com a abertura do concurso público para a aquisição dos radares para o Aeroporto da Madeira, mas não deixa de alertar que cabe agora ao Governo Regional fazer a sua parte e desenvolver um plano de contingência integrado, uma vez que haverá sempre dias em que, inevitavelmente, continuarão a verificar-se condicionamentos.
Conforme foi hoje anunciado, a NAV Portugal – Navegação Aérea de Portugal publicou em Diário da República o anúncio de concurso público para o fornecimento e instalação de um sistema para deteção e alerta de turbulência e ‘wind shear’ no Aeroporto da Madeira, por um valor base de 3,5 milhões de euros.
Sérgio Gonçalves, presidente do PS Madeira, manifesta a sua satisfação pela abertura de procedimento para a aquisição dos referidos equipamentos, salientando que a instalação dos mesmos irá melhorar as condições de acessibilidade ao Aeroporto da Madeira.
Não obstante, o líder dos socialistas madeirenses afirma que a instalação dos radares por si só não irá solucionar o problema por completo, como tantas vezes o próprio Governo Regional tem feito crer. Como refere, apesar dos avanços que os radares irão proporcionar, haverá sempre dias em que se verificarão condicionamentos, uma vez que os ventos não deixarão de existir nem os próprios limites de vento foram alterados.
Sérgio Gonçalves frisa, por isso, que cabe agora ao Governo Regional fazer a sua parte e desenvolver um plano de contingência integrado para fazer face a esses dias em que, necessariamente, haverá constrangimentos. “Esta é uma competência exclusiva do Governo Regional para mitigar este problema com que a Região se confronta. Aquilo que se exige é que, de facto, o Executivo assuma as suas responsabilidades, em prol da melhoria das acessibilidades à ilha e a pensar na preservação da própria imagem da Região”, sublinha o responsável, acrescentando ainda que desde 2017 que os condicionamentos no Aeroporto da Madeira devido a ventos fortes se têm verificado com maior frequência e, passados cinco anos, o Governo Regional ainda não foi capaz de implementar um plano de contingência integrado, onde o Porto Santo desempenhará um papel central.