O deputado Rui Caetano, em declarações à comunicação social, começou por sublinhar o “excelente trabalho” desenvolvido pelas escolas na organização e planeamento do novo ano letivo escolar, mas aponta falhas da competência da Secretaria Regional de Educação. Dessa feita, o parlamentar socialista enumerou um conjunto de procedimentos em falta, competência da secretaria.
Rui Caetano aponta, em primeiro lugar, que “o secretário regional de Educação tem anunciado quase todos os dias que, em setembro, iriam chegar 130 novos funcionários às escolas, fruto do concurso que já leva mais de um ano”, mas que “a verdade é que o processo do concurso dos funcionários ainda não está concluído”, dando conta que “estão por fazer alguns procedimentos, por exemplo entrevistas a alguns desses candidatos”.
“Afinal não chegaram 130 novos funcionários às escolas como tinha sido prometido”, frisou.
O deputado falou também sobre a promessa feita pelo secretário da tutela sobre a entrega de máscaras para todos os alunos, algo que, até ao momento, não se realizou. “O ano letivo já vai começar e a verdade é que essas máscaras não chegaram aos seus alunos”, sublinhou.
Disse ainda que “foi também prometido, em abril deste ano, 600 computadores para que as escolas pudessem emprestar aos seus alunos”, estando previsto a entrega para o final do 3.º período, mas “já estamos no novo ano letivo e os computadores ainda não chegaram às escolas”, apontou.
Rui Caetano falou ainda sobre o acompanhamento psicológico dos alunos, sobretudo, nesta fase, em que considera que as questões do confinamento, bem como os problemas que existem nas famílias relacionados com o desemprego, vão se fazer sentir no comportamento dos alunos neste regresso às aulas. Defende assim que “é preciso fazer um acompanhamento muito específico nas escolas”
“As escolas não têm psicólogos suficientes para fazer o acompanhamento destes alunos”, reiterou, afirmando assim que “é necessário fazer um reforço dos psicólogos nas escolas, porque aqueles que existem já não conseguiam dar resposta aos problemas que existiam antes da pandemia, tanto era a falta de profissionais desta área”, acrescentou.
Por fim, Rui Caetano falou sobre a não existência de um plano para os professores que fazem parte dos grupos de risco.