O Presidente do PS-Madeira, Sérgio Gonçalves, considera deplorável que, em vez de desagravar ao máximo a carga fiscal que afeta famílias e agentes económicos, como o PS tem defendido, o Governo Regional prefira voltar a aumentar o imposto sobre os combustíveis (ISP), evidenciando uma “inaceitável insensibilidade social” face às implicações negativas que daí decorrem para o custo de vida.
Em reação à notícia divulgada esta tarde, dando conta de que o Executivo liderado por Miguel Albuquerque se prepara para avançar com o oitavo aumento do ISP este ano , Sérgio Gonçalves lamenta que “o Governo Regional não só resista à aplicação do diferencial no IVA e no IRS, mas ceda outra vez à ganância insaciável”, inviabilizando, com este novo agravamento, uma descida mais acentuada do preço da gasolina e do gasóleo.
“É mais uma oportunidade desperdiçada para as famílias madeirenses, que continuarão a sentir bem apertado o garrote fiscal que as sufoca”, aponta.
Conforme lembra Sérgio Gonçalves, “desde o início de 2023, o Governo Regional não tem deixado passar um só mês sem aumentar o ISP, sendo que em maio passado foram duas as vezes em que, aproveitando a descida do preço dos combustíveis, procedeu ao agravamento deste imposto”.
Para o presidente do PS-M, a ação do Executivo de coligação PSD-CDS nesta matéria “evidencia uma insensibilidade social ainda mais inaceitável nesta difícil conjuntura que atravessamos”, representando, por isso, “um reiterado assalto ao bolso dos madeirenses”.
Neste particular, Sérgio Gonçalves refere que, “em menos de 12 meses, o ISP sobre a gasolina aumentou 41%, sobre o gasóleo aumentou 54% e sobre o gasóleo colorido sofreu um agravamento na ordem dos 300%”, considerando não ser admissível que o Executivo Regional “escolha, mais uma vez, sacrificar a população, que já enfrenta sérias dificuldades diárias com o aumento do custo de vida”.
“E preferir aumentar impostos é ainda mais grave quando temos visto o Governo Regional esbanjar dinheiros públicos em ações de propaganda com a compra de programas de entretenimento, publicação de encartes em jornais e cartazes espalhados pela Região”, remata.