InícioAtualidadePROGRAMA DO PS-M RESPONDE AOS DESAFIOS DA PRÓXIMA DÉCADA

PROGRAMA DO PS-M RESPONDE AOS DESAFIOS DA PRÓXIMA DÉCADA

Na apresentação, que teve lugar no centro cultural John dos Passos, o candidato socialista a presidente do Governo Regional salientou que esta não é uma candidatura contra ninguém, e sim a favor da Madeira, colocando as pessoas no centro das prioridades e envolvendo-as nas decisões. Neste sentido, salientou a importância dos Estados Gerais, promovidos ao longo do último ano, agradecendo o contributo dos coordenadores das diferentes áreas.

Afirmando que o programa está fechado e que o PS está preparado, Paulo Cafôfo não deixou de se referir aos «velhos do Restelo da política que acham que não é possível e que nós não vamos conseguir, que não acreditam e não sentem o vento da mudança, o vento da esperança».

O cabeça de lista do PS-M quer uma «governação progressista e humanista», com uma Madeira aberta, inclusiva e sustentável, e adianta que o combate às desigualdades é transversal nas linhas do programa eleitoral.

No programa do PS-M, estão definidos quatro eixos principais: Emprego e Oportunidades; Saúde e Solidariedade; Qualidade de Vida e Mudança e Inovação.

No que se refere ao primeiro eixo, Paulo Cafôfo apontou as prioridades à criação de emprego, à economia, à educação e à coesão territorial, referindo que uma região que crie oportunidades, apontando a área da educação e salientando que quanto mais qualificações as pessoas tiverem, mais oportunidades terão. No campo económico, preconiza incentivar setores inovadores, como as tecnologias e a economia do mar, mas também inovar e investir nos setores tradicionais, nomeadamente na agricultura, na pesca e no turismo. Deu ainda conta da necessidade de olhar para o território, lembrando a dupla insularidade do Porto Santo e a desertificação da costa norte.

Por outro lado, e no que se refere ao segundo eixo, Paulo Cafôfo apontou a Saúde como uma prioridade, sublinhando que o Sistema Regional de Saúde não pode falhar, como tem falhado. Indicou também a necessidade de resolver o problema das listas de espera, que têm vindo a aumentar. No domínio da solidariedade, o candidato socialista disse não querer uma política assistencialista, mas que as pessoas tenham a capacidade de poder autogovernar-se.

No que concerne à área da qualidade de vida, Paulo Cafôfo considerou que temos de «olhar o ambiente como a nossa garantia de futuro» e afirmou que é possível rentabilizar economicamente o ambiente, sendo que «isso tem de ser sempre feito de uma forma sustentável, para não pôr em causa o seu uso pelas próximas gerações». Defendeu, por outro lado, a democratização e o acesso à cultura, a qual constitui também um valor económico que não pode ser desvalorizado.

O candidato vincou ainda a importância da inovação.

A um outro nível, Paulo Cafofo defendeu um aperfeiçoamento da Autonomia. «Eu acredito que podemos aumentar a Autonomia se nós conseguirmos dar mais benefícios económicos, mais benefícios sociais para todas as pessoas e não só para alguns. E isso vai ser feito, garantindo de uma forma firme esta Autonomia, de uma forma intransigente, mas negociando e articulando com o Estado e a República», declarou.

Após a apresentação, o candidato manteve um diálogo com os autarcas do Porto Moniz, Emanuel Câmara, da Ponta do Sol, Célia Pessegueiro, do Funchal, Miguel Silva Gouveia, e de Machico, Ricardo Franco.

Emanuel Câmara, que é também presidente do PS-M, disse que o partido neste momento está preparado para ser poder regional, muito fruto do trabalho que tem sido feito pelos autarcas.  O responsável mostrou-se certo que a 22 deste mês o PS vai protagonizar a alternância do poder. «Nós vamos conseguir fazer história», rematou.

A sessão contou ainda com uma conversa com um grupo de jovens sobre os desafios que se colocam a esta faixa populacional. Entre as preocupações mais apontadas, estão a questão do desemprego jovem e a falta de oportunidades na Região, levando-os à emigração.

Os jovens resumiram os seus pontos de vista em algumas frases chave: «Como se pode falar em diminuição de desemprego quando emigraram 14 mil madeirenses entre 2011 e 2018?».

«Que a decisão de viver ou trabalhar no continente seja uma opção e não uma obrigação».

 «Temos mais aviões para Lisboa do que autocarros para Santana e São Vicente».