O líder parlamentar do PS  não compreende como é possível que o melhor ano de produção de banana não corresponda ao melhor resultado líquido. Leandro lembra que a GESBA teve lucros de 2 milhões de euros, em 2016 e que, nos últimos seis anos, essas receitas positivas foram de 10 milhões, sem que tenha havido distribuição dos lucros pelos produtores. “Só agora, em ano de eleições, o governo diz que vai distribuir 400 mil euros, em Abril”.

O deputado socialista contesta o tempo de espera para o corte da banana, com prejuízos graves e o tratamento diferenciado entre produtores. A transparência no processo de pesagem é outra questão levantada pelo PS que defende a participação dos produtores na fiscalização da empresa.

Jaime Leandro disse que não é aceitável que a GESBA não consiga assegurar a transparência exigida pelos produtores quanto ao processo de pesagem. Não faz sentido, sequer, que os produtores estejam completamente arredados dos órgãos de gestão e fiscalização da dita empresa. 

Por seu turno, salientou que “os produtores deveriam indicar um elemento para o conselho de administração da GESBA. Não há ninguém que conheça tão bem o setor quanto eles. Deviam poder indicar um membro para o conselho de administração da GESBA, participando ou não no capital social da empresa através das suas entidades representativas. Deviam poder influenciar e escrutinar a ação da GESBA”. 

O líder parlamentar do PS também desafiou o presidente do governo, Miguel Albuquerque, a cumprir promessas, como a do avião cargueiro e da ligação marítima, de forma a continuar esta trajetória de crescimento da exportação da banana, fazendo-a chegar com mais rapidez e a custos mais competitivos a outros mercados.