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Prioridade do PS é construir habitação e não gastar 150 milhões de euros no prolongamento da Pontinha

Sérgio Gonçalves insistiu, hoje, na necessidade de serem alteradas as prioridades ao nível das políticas governativas na Região, garantindo que, com o futuro Governo do PS, a preocupação será a construção de habitação, para responder aos problemas dos madeirenses e pôr fim ao flagelo que se assiste atualmente no setor.

Numa ação de pré-campanha no bairro da Nazaré, Sérgio Gonçalves disse que para o PS a prioridade será assegurar o acesso dos madeirenses à habitação, ao invés de gastar 150 milhões de euros no prolongamento da Pontinha – intenção já manifestada por Miguel Albuquerque.

O candidato do PS às eleições regionais afirmou que a habitação é uma das grandes preocupações da população, dando conta de que há pessoas que referem que têm contratos de arrendamento a terminar, que os senhorios querem aumentar as rendas para valores incomportáveis para os seus rendimentos e que temem não ter onde viver dentro de poucas semanas ou meses. “Este é um problema que se tem agravado ao longo dos últimos anos”, constatou, criticando o Governo Regional por nada ter feito nas últimas décadas em termos de construção de nova habitação para as pessoas mais carenciadas e acrescentando que as dificuldades hoje em dia são também sentidas pelos jovens, que não conseguem comprar ou arrendar casa, mas também pela classe média, que “está absolutamente estrangulada com a subida das taxas de juro e dos custos dos créditos à habitação”.

Sérgio Gonçalves referiu-se ao facto de só agora o Executivo anunciar a construção de cerca de 800 fogos com o dinheiro do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), questionando qual seria a estratégia para o setor, caso não houvesse estas verbas em resultado da pandemia.

Mais grave ainda, prosseguiu, é assistirmos ao presidente do Governo a anunciar a intenção de investir 150 milhões de euros no prolongamento da Pontinha, “quando essa verba corresponde sensivelmente àquele valor que temos de PRR e daria para construir mais 800 ou 900 casas”, quer para famílias mais carenciadas, quer a custos controlados para aqueles que não conseguem aceder ao mercado de habitação neste momento.

“O PS defende uma alteração de prioridades. Connosco, não haverá prolongamento da Pontinha enquanto os madeirenses não tiverem as casas que são necessárias e aos preços que são necessários”, vincou o presidente dos socialistas. Sérgio Gonçalves adiantou que com o PS no Governo Regional serão celebrados contratos-programa com todas as câmaras municipais, “sem discriminar ninguém em função da sua cor política”, de forma a responder às necessidades habitacionais a nível local, e que serão incentivadas as cooperativas, “para que se possa construir habitação a custos controlados e resolver este verdadeiro flagelo que temos neste momento na Região Autónoma da Madeira”.