Na ocasião, Paulo Cafôfo começou por considerar que este é um ano importante para as vidas dos madeirenses e dos porto-santenses, atendendo aos três atos eleitorais que se avizinham. O candidato à presidência do Governo Regional acredita que «este ano podemos fazer história», mas, mais do que fazer história, disse que «queremos fazer a diferença, porque nós queremos governar melhor para as pessoas».
Referindo-se às eleições europeias, Cafôfo salientou que a Europa é fundamental, porque o desenvolvimento da Madeira e do Porto Santo passa por aquilo que se decidir na Europa e no Parlamento Europeu, e sublinhou que «Sara Cerdas é a pessoa certa para defender a Madeira na Europa».
Por outro lado, o candidato lembrou que a epopeia da expansão marítima dos descobrimentos começou no Porto Santo, para logo depois deixar claro que «queremos que esta ilha primeira não fique para trás». «Esta ilha primeira tem de estar em primeiro lugar nas prioridades do próximo Governo Regional. Nós não podemos tratar o Porto Santo como um outro concelho qualquer da Madeira, porque o Porto Santo não é só um concelho, o Porto Santo é uma ilha, e, como ilha, tem as suas especificidades e deve ser de uma forma positiva discriminada», disse, acrescentando ainda que «os porto-santenses têm de ser beneficiados, porque têm sido prejudicados durante demasiados anos».
Paulo Cafôfo aproveitou para elencar algumas prioridades para o Porto Santo, a primeira das quais os transportes. «A continuidade territorial é, no caso do Porto Santo, com a dupla insularidade, uma maior exigência para quem governa o nosso país e para quem governa a RAM», afirmou, considerando que são precisas ligações inter-ilhas via marítima todo o ano. «Não se pode admitir que haja um mês sem termos o Lobo Marinho a viajar» para o Porto Santo, advertiu, acrescentando, por outro lado, que «nas ligações aéreas, precisamos de ter um contrato com a concessão desta linha aérea de ligação entre a Madeira e o Porto Santo que, na verdade, garanta em primeiro lugar as necessidades dos porto-santenses». Deu ainda conta que outra matéria de enorme importância é o emprego e a fixação das pessoas no Porto Santo.
Por seu turno, a candidata ao Parlamento Europeu destacou a importância de todos irem votar nas eleições europeias do próximo dia 26, explicando também a possibilidade do voto antecipado no dia 19.
Sara Cerdas comprometeu-se ainda a ir aos 11 concelhos da Região ao longo do ano, durante os cinco anos da legislatura no Parlamento Europeu, e aproveitou para apresentar as dez áreas prioritárias que constam do manifesto Geração Madeira, a primeira das quais uma nova agenda social, que promova a saúde em todas as políticas. Outras prioridades são a economia e o emprego, comprometendo-se a candidata a lutar por políticas europeias que promovam a criação de emprego, a fixação das famílias e dos jovens. A defesa intransigente do estatuto das regiões ultraperiféricas e o respeito pelas autonomias, a juventude, a igualdade e inclusão, a educação e qualificação, a sustentabilidade ambiental e combate às alterações climáticas, a mobilidade (muito importante também para o Porto Santo) e a proximidade são outras áreas prioritárias apontadas por Sara Cerdas.
Já o presidente do PS-M afirmou que o partido está neste momento pronto para os três combates eleitorais que aí vêm, apelando ao trabalho de todos para a vitória.
Emanuel Câmara aproveitou também para deixar claro que o PS não recebe lições de autonomia de ninguém e afirmou que, neste momento, o PSD e o Governo Regional estão «desesperados». «Não nos podem dar lições de autonomia, nem a nós e muito menos ao nosso secretário-geral, António Costa, que demonstrou claramente que tem uma visão autonómica do país», salientou, enaltecendo o facto de Sara Cerdas ter conseguido o melhor lugar de sempre atribuído a um candidato socialista madeirense na lista para o Parlamento Europeu e de tanto a Madeira como os Açores terem representantes em lugar elegível na referida lista.
O líder dos socialistas madeirenses referiu-se também à rotunda que o Governo Regional está a construir no centro do Porto Santo, que tem sido alvo de críticas da população. «Se calhar, esse dinheiro que eles vão gastar nesta rotunda no Porto Santo foi parte daquele que eles retiraram para a saúde de todos os madeirenses e porto-santenses», acusou, dando conta do desinvestimento na saúde e lembrando «a vergonha» que são as listas de espera.
Por fim, a presidente da concelhia do PS-Porto Santo agradeceu à direção do PS-Madeira, a qual, desde que foi eleita, tem dado sempre o apoio necessário à concelhia. Teresa Leão manifestou ainda o empenho de todos para a vitória nas três eleições que se realizam este ano.