A autarca apontou um dado curioso que se prende com o facto de 49,6% dos registos de alojamento local na Ponta do Sol estarem em nome de mulheres e de alguns dos que estão em nome de homens serem geridos por mulheres.
Célia Pessegueiro salientou que o concelho da Ponta do Sol mantém a caraterística rural e familiar, sendo que isso é tido em conta nos investimentos que são ali efetuados, que passam por apostas no agroturismo e em espaços muito mais ecológicos, sem desvirtuar a paisagem. «Quem vai investir, curiosamente, vai dando esta nota, quer algo com caraterísticas mais rurais, porque percebe que tira potencial deste lado, o que é algo que nos interessa enquanto recetores desde investimento», disse a presidente da autarquia.
«Se até os investidores já não estão a pensar numa rentabilização à toa e preferem ter espaços mais pequenos, mas que são valorizados por quem nos procura, pelos seus clientes, pelo turista, por que razão é que o Governo Regional há de, agora, destruir uma paisagem instalando jaulas à frente de um dos sítios mais pitorescos daquele concelho, que são os Anjos?», questionou.
Filipa Caldeira, guia intérprete, foi outra preletora convidada para este painel, tendo alertado para a necessidade de haver cuidado nas construções, como forma de não haver tanto impacto visual na paisagem. «Parem de estragar a Madeira!», advertiu. A oradora lembrou que o turista vem à Madeira por causa da natureza e aconselha, por exemplo, à recuperação e manutenção das estradas antigas.
Este painel contou também com a intervenção de Carmo Jesus, controller de gestão, que considerou que o Governo Regional tem de ser mais dinamizador relativamente à nossa economia. Esta oradora abordou também os impactos ambientais na economia.