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Política de “montanha russa” e de “ziguezague” de Albuquerque não serve os madeirenses

O presidente do PS-Madeira insistiu hoje na necessária mudança na Região nas eleições de 24 de setembro, criticando a falta de ideias e de soluções do atual Governo, reflexo das incoerências e dos ziguezagues de Miguel Albuquerque.

À margem de uma iniciativa de pré-campanha na zona do Garajau, Sérgio Gonçalves disse que a Madeira precisa de uma mudança de políticas e de prioridades, e não das “mudanças de opinião permanentes do presidente do Governo, que um dia diz uma coisa, para, no dia seguinte, dizer precisamente o seu contrário”.

O líder socialista apontou como exemplo mais recente a posição de Miguel Albuquerque relativamente à existência de acordos com o Chega. “Em junho, dizia que não existiam linhas vermelhas com nenhum partido. Depois, mais recentemente, disse que estaria disponível para fazer um acordo e que isso dependeria dos resultados eleitorais, para hoje vir dizer que não há qualquer possibilidade de acordo”, referiu Sérgio Gonçalves, acrescentando que “esta política de montanha russa permanente, de um dia dizer uma coisa, para, no outro dia, dizer o seu contrário, não serve os madeirenses”.

O presidente do PS-M constatou também o facto de, em 2015, Miguel Albuquerque ter prometido acabar com as listas de espera no acesso à saúde, mas, passados oito anos de governação, as mesmas terem duplicado.

Outro exemplo da incoerência do chefe do Executivo prende-se com o limite de mandatos para o cargo de presidente do Governo Regional. Como recordou Sérgio Gonçalves, em 2015 Miguel Albuquerque disse que era favorável ao limite de três mandatos, mas, agora, “admite a possibilidade de quatro mandatos serem benéficos”, contradizendo aquilo que havia prometido.

“A única coisa que parece não ter mudado é a posição relativamente ao regime de incompatibilidades e impedimentos dos deputados à Assembleia Legislativa da Madeira, dado que continua a não concordar com a sua aplicação”, censurou. O líder socialista adiantou que este regime é uma realidade na Assembleia da República e no Parlamento açoriano, criticando, por isso, que na Madeira Albuquerque queira continuar com a falta de escrutínio aos deputados e com a falta de transparência de quem está na vida política. “Nós não podemos concordar e os madeirenses não podem pactuar com estas posições do presidente do Governo”, advertiu.

Para Sérgio Gonçalves, esta mudança de opinião permanente de Miguel Albuquerque, “conforme calha o dia e alterando do dia para a noite as suas posições”, demonstra um “líder do Governo sem ideias, sem soluções e sem capacidade para fazer diferente”, sendo que a governação “é o reflexo desta política de ziguezague”.

O presidente do PS frisou que, a 24 de setembro, os madeirenses têm de fazer uma escolha por “uma Madeira melhor, uma Madeira de oportunidades, que baixe impostos, que resolva definitivamente os problemas de acesso à saúde, uma Madeira que lhes permita terem acesso à habitação, com propostas concretas que são aquelas que o PS tem apresentado, e não com este desgoverno e com esta política inconstante e incoerente defendida por Miguel Albuquerque”.