Sérgio Gonçalves considerou, hoje, que o facto de a Madeira ser a região do País com a mais alta taxa de risco de pobreza é resultado das políticas que têm sido seguidas pelo Governo Regional, apesar de Miguel Albuquerque desvalorizar e, inclusivamente, desconfiar dos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística.
“Provavelmente, desconfia dos dados porque desconfia da sua própria governação”, disse, em conferência de imprensa, o presidente do PS-M, sublinhando que “estes indicadores são resultado dessa mesma governação ao longo dos últimos anos”.
O líder dos socialistas deu vários exemplos que mostram a difícil situação vivida por cada vez mais madeirenses, nomeadamente as dificuldades da classe média para adquirir habitação e o facto de na última década 17 mil pessoas terem saído da Madeira por falta de oportunidades, muitas das quais jovens qualificados. “São demasiados indicadores que validam aquele que é o fracasso da governação deste Governo Regional liderado por Miguel Albuquerque”, vincou.
Sérgio Gonçalves deu também conta do facto de haver setores que são anunciados como pujantes e com excelente desempenho – como a construção, o imobiliário e o turismo – mas sem que isso se reflita ao nível da remuneração dos trabalhadores, o que faz com que as famílias sintam cada vez mais dificuldades com o aumento das taxas de juro e da inflação.
Acusando o Executivo de não implementar medidas para esbater estas dificuldades, o presidente do PS voltou a defender a aplicação do diferencial fiscal em todos os escalões do IRS e a redução do IVA, para baixar os preços dos bens e serviços.
Sérgio Gonçalves aproveitou ainda para reagir ao facto de o PSD realçar o maior aumento do salário mínimo desde 2015, esclarecendo que isso se deve “essencialmente às políticas do Governo da República do PS, que definiu como meta o aumento do salário mínimo dentro destas duas legislaturas e tem cumprido, o que, naturalmente, tem reflexo também aqui na Região”.