O presidente do PS-Madeira apontou, hoje, a necessidade de o Governo Regional assumir a Saúde como uma prioridade e resolver os problemas do setor, ao invés de os estar a agravar, como tem vindo a fazer, por exemplo na questão das listas de espera.
De acordo com Paulo Cafôfo, que esta tarde esteve reunido com a secção regional da Ordem dos Enfermeiros, para se inteirar dos problemas que afetam esta classe profissional, o secretário regional da Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, é rápido a ir fechar a casa de férias no Porto Santo, mas lento a resolver os problemas da Saúde, como aconteceu com a nomeação do novo presidente do Instituto de Administração da Saúde (IASAÚDE).
O líder socialista afirmou que a Saúde na Região não tem remédio com este Governo Regional, dando conta do facto de Miguel Albuquerque ter prometido resolver o problema das listas de espera, mas não só não o resolveu, como deixou que o mesmo se agravasse. “Não é admissível que continuemos, ano após ano, a falar das listas de espera sem ter qualquer solução para reduzir o número de pessoas que aguardam por uma cirurgia, um exame ou uma consulta”, criticou.
A isto, Paulo Cafôfo juntou as questões da falta de medicamentos na farmácia do hospital e das falhas sistemáticas do sistema informático do SESARAM, bem como a demora em nomear um novo presidente do IASAÚDE, para substituir o anterior, que está envolvido no processo judicial ‘Ab Initio’. “O secretário regional, que é tão rápido e eficiente a ir fechar a sua casa no Porto Santo quando a Madeira está a arder, é muito lento a nomear a nova diretora do IASAÚDE”, afirmou, salientando que tal só aconteceu devido à pressão que o PS tem vindo a fazer.
Já no tocante à reunião com a Ordem dos Enfermeiros, o presidente do PS-Madeira referiu que vem na sequência de uma série de encontros com os diversos atores da Saúde, de forma a conhecer os problemas e apresentar propostas para melhorar o Sistema Regional de Saúde.
Paulo Cafôfo enalteceu o trabalho destes profissionais, que são a espinha dorsal do Serviço Regional de Saúde, destacando o humanismo com que tratam os doentes, mas também a sua competência técnica e a sua formação, reconhecidas em todo o mundo.
O líder dos socialistas focou a necessidade de contratação de mais enfermeiros, lembrando que o secretário da Saúde tem vindo a repetir várias vezes que serão contratados 200 profissionais, mas sem que esse anúncio tenha efeito, nem se vislumbre quando tal irá acontecer. Como alertou, esta é uma questão muito importante, já que, além de ser preciso suprir as necessidades atuais, há que ter em conta que, nos próximos anos, mais de 400 enfermeiros irão aposentar-se, sem esquecer também a necessidade de mais profissionais para o novo hospital, que está em construção.