O secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro deixou hoje claro que com o PS as Autonomias regionais continuarão a ser respeitadas.
Num comício em Machico, com mais de 400 militantes e simpatizantes, Pedro Nuno Santos afirmou que “a Madeira não é uma colónia”, mas sim uma Região Autónoma e que, como tal, com o PS no Governo, continuará a ser respeitada.
Fortemente aplaudido, o secretário-geral socialista sublinhou que a Autonomia é uma das maiores conquistas de Abril, algo sempre reconhecido pelo PS. “Nós levamos sempre a sério a Autonomia Regional. Nós acreditamos na Autonomia Regional. Nós praticamos a Autonomia Regional. Ela não é um slogan para nós”, sustentou. Pelo contrário, disse que isso não acontecia quando Luís Montenegro era líder parlamentar do PSD, altura em que a Lei de Finanças Regionais não era respeitada.
Pedro Nuno Santos defendeu um Portugal inteiro, olhando a todas as Regiões, garantindo que “a coesão territorial que queremos para Portugal inteiro é a coesão territorial que os socialistas da Madeira querem para a Madeira inteira”. Destacou também a importância estratégia do mar, defendendo que a sua gestão deve ser feita em conjunto com a Região. “Não é sem a Madeira ou de costas voltadas”, frisou.
Por outro lado, o candidato a primeiro-ministro advogou a extinção do cargo de Representante da República, salientando que “a Madeira não é uma colónia” e sim uma Região Autónoma e acrescentando que a Autonomia regional “nunca serviu de desculpa para não assumirmos a solidariedade nacional”.
O secretário-geral do PS vincou que a Madeira “é uma região de primeira” e assegurou o respeito pelos madeirenses e porto-santenses, razão pela qual, mais uma vez, não quis deixar de se deslocar à Região, ao contrário do que faz o seu adversário. Como deu conta, Luís Montenegro veio à Madeira em setembro passado “tentar colar-se a uma maioria absoluta que nunca aconteceu”, mas agora “não quer sequer aparecer cá”.
O candidato a primeiro-ministro destacou ainda o legado dos oito anos de governação do PS, com crescimento económico e aumentos dos rendimentos, quer por via dos acréscimos nas pensões, quer nos salários. Garantiu, aliás, que esse é um caminho a que se propõe dar continuidade, dando conta do acordo de rendimentos alcançado que permitirá fazer com que o salário médio atinja os 1.750 euros em 2027.