Paulo Cafôfo falava esta tarde, na freguesia de Santo António, mais precisamente na Avenida das Madalenas, onde efetuou contactos com a população e com os comerciantes locais. O candidato começou por afirmar que a Madeira não muda há mais de 40 anos e que «esta é a hora da Coragem de Mudar». «Nesta Coragem de Mudar, temos de assumir uma nova postura de fazer política, temos de ter novos desafios e temos, acima de tudo, de mobilizar as nossas energias para termos uma Região mais desenvolvida», referiu.
Afirmando-se um «português por inteiro», mas «madeirense primeiro», Paulo Cafôfo disse que, enquanto madeirense, quer lutar pela sua terra, «para podermos ter outro futuro, outro modelo de desenvolvimento». «Nós precisamos de ter uma estratégia de desenvolvimento para a Região que não seja aquilo que tem acontecido até ao momento», adiantou, acrescentando que as medidas do Governo Regional são «avulso, eleitoralistas e sem uma visão estratégica». Por isso, o candidato frisa que quer ter uma Região onde haja mais igualdades, mais oportunidades, crescimento económico e melhores políticas sociais para as pessoas.
«Passados mais de 40 anos sobre a Autonomia, é importante que em 2026, quando se comemorar os 50 anos da Autonomia, possamos ter a resolução dos problemas de habitação graves aqui na Região […]. Esse é um compromisso que efetivamente assumo, porque, infelizmente, temos pensões baixas, temos precariedade no trabalho, temos baixos salários e as pessoas não têm a garantia do direito à habitação», adiantou o cabeça de lista do PS-M às eleições legislativas regionais de 22 de setembro. De acordo com Paulo Cafôfo, «o PS quer e irá com certeza fazer diferente, porque não basta querer mudar, é preciso fazer diferente», sendo que «fazer diferente é resolver os problemas com os instrumentos que a Autonomia nos dá».
Nesta estratégia de criar habitação para os madeirenses que necessitam, o candidato apontou quatro eixos essenciais: apoios para a aquisição da primeira habitação, recuperar casas que estão degradadas, um subsídio para apoiar as rendas e construir habitação nova em diferentes áreas geográficas, com a intenção também de combater a desertificação dos concelhos mais a norte e dos concelhos rurais, criando condições para as pessoas poderem estabelecer-se nesses locais, mas também aqui, numa cidade como o Funchal, que tem as suas necessidades de habitação. Neste último eixo, Cafôfo salientou que «não queremos criar guetos», mas sim «que haja uma habitação social aberta», em que as pessoas possam relacionar-se, num espírito comunitário e familiar e numa forma intergeracional, «criando dinâmicas que possam servir para alavanca social e não para criar estigmas».
De salientar que o dia de hoje foi marcado pelo surgimento do autocarro de campanha do partido, o qual irá percorrer toda a Região. «Este autocarro que hoje está pela primeira vez em uso na nossa campanha acaba por ser uma sede de campanha móvel, porque nós vamos poder deslocar-nos com esta viatura a qualquer local, inclusive ao Porto Santo, o que dá uma vantagem em termos de mobilidade, mas também de congregar as pessoas nesta campanha do PS, nesta Madeira que queremos mudar», sustentou Paulo Cafôfo, rematando que agora é chegada a oportunidade de as pessoas darem a confiança ao PS, num outro modelo de desenvolvimento.