Encontrando-se em Santana, um concelho também afetado pela desertificação e pela falta de emprego, Paulo Cafôfo considerou que temos de olhar para a agricultura de diversos prismas e acrescentou que esta pode ser virada para o futuro, criando as condições para fixar as pessoas e criar rendimentos. «Isso é possível se nós tivermos as políticas certas», referiu o candidato socialista, defendendo a adaptação à Região do Estatuto da Agricultura Familiar, que já existe no continente desde 2018. «Eu diria que aqui é a região perfeita para a aplicação deste Estatuto da Agricultura Familiar, porque 90 por cento das parcelas de terrenos agrícolas na Região são de minifúndio», afirmou Paulo Cafôfo, explicando que este estatuto visa dar benefícios fiscais e apoios para que a agricultura possa ser sustentável.
Além da criação de emprego e da fixação das pessoas, o cabeça de lista do PS-M às eleições legislativas regionais salientou também o facto de a agricultura se associar ao turismo e à paisagem e apontou a importância da valorização dos produtos regionais, criando rendimento para os agricultores.
A par disso, o candidato do PS-M defende estruturas que possam servir de apoio à produção, à transformação e à comercialização. «Se conjugarmos a questão do Estatuto da Agricultura Familiar com estas estruturas de apoio aos agricultores, teremos outra sustentabilidade e é uma das formas de invertermos a falta de pessoas que, infelizmente, nos concelhos rurais, mas particularmente aqui a norte, existe na nossa Região», concluiu.