Paulo Cafôfo aproveitou a ocasião para abordar a temática do turismo e apresentar algumas propostas para o setor. Referindo que «temos estado simplesmente a gerir o turismo como uma gestão de condomínio», e que «quando a conjuntura está boa todos nós batemos palmas, e, quando não está, lamentamos», o candidato considerou que o Governo Regional tem de ter um papel proativo nesta matéria.
Depois de apontar questões como o “Brexit” e os problemas do mercado alemão, com a falência de companhias aéreas e o desvio de outras para outros destinos por razões operacionais, Paulo Cafôfo defendeu a existência de incentivos para que haja companhias com rotas diretas dos principais destinos dos mercados emissores de turismo para a Região.
«Temos de criar esses incentivos, com a participação do Governo Regional e do Turismo de Portugal, para que não percamos mercado», referiu, acrescentando que o mercado alemão, neste caso em particular, «está a sofrer quebras drásticas» e que «nós temos de recuperar».
«Nós temos de ser proativos. Aqui há uma necessidade latente, premente, de criar incentivos para que existam rotas diretas desde onde se capta os turistas até ao destino final, aqui o destino Madeira», sustentou o cabeça de lista do PS-M às eleições legislativas regionais de 22 de setembro, adiantando que esta é uma das propostas do programa de governo socialista. Paulo Cafôfo defende também um aumento das verbas para a promoção do destino Madeira, bem como a requalificação do nosso produto turístico.
Afirmando-se defensor de uma «Autonomia de resultados», o candidato socialista frisou que «não podemos empurrar para os outros a resolução dos nossos problemas». Tal como afirmou, têm de existir parcerias estabelecidas entre o Governo Regional e o Turismo de Portugal. «Tem de haver, do Orçamento Regional, verbas destinadas tanto à promoção como ao incentivo a estas companhias aéreas, para voarem para a Região, mas também sempre em articulação com o Turismo de Portugal, porque existem verbas do Turismo de Portugal que são alocadas a outros destinos turísticos do nosso país e, portanto, nós, como principal destino turístico, merecemos essas verbas», declarou. «Há que negociar, estabelecer compromissos e ter uma estratégia para o nosso destino, porque não podemos estar a viver só à sombra da bananeira, ao sabor das conjunturas, porque temos de criar sustentabilidade», rematou Paulo Cafôfo.