Paulo Cafôfo falava esta manhã, no decorrer de uma visita do Grupo Parlamentar do PS ao engenho do Porto da Cruz, na qual marcaram igualmente presença o presidente da Câmara Municipal de Machico, Ricardo Franco, e o restante executivo, bem como o presidente da Junta de Freguesia do Porto da Cruz.
O líder dos socialistas madeirenses destacou o «trabalho excecional» que tem vindo a ser desenvolvido por aquela unidade produtiva, que tem sido importante para o setor agrícola regional, ao mesmo tempo que conjuga o fabrico de produtos de excelência com a atratividade turística. «O rum agrícola é um ativo muito importante para a própria agricultura e para os rendimentos que possibilita para as famílias madeirenses, criando também emprego nesta área», referiu Paulo Cafôfo, acrescentando que há problemas associados a esta produção, nomeadamente os custos acrescidos com os transportes, as parcelas reduzidas, a nossa pequena escala e os custos com o engarrafamento.
Por isso, salientou que é muito importante a medida que está preconizada no Orçamento do Estado para 2021, que reduz em 50% as taxas de imposto sobre as bebidas produzidas na Madeira e nos Açores, nomeadamente o rum agrícola, as aguardentes e os licores. De acordo com o também deputado, esta medida irá tornar o produto mais competitivo. «Temos aqui uma oportunidade de escoar e de promover esta excelência que é o rum agrícola da Madeira, mas também de promover a própria ilha e aqueles que são os produtos que nos distinguem no mercado global, que é muito competitivo, mas que não tem produtos com esta qualidade como os nossos», vincou.
Na ótica do dirigente socialista, o apoio direto aos agricultores e aos empresários na redução dos impostos para este tipo de bebidas alcoólicas produzidas aqui e o apoio aos transportes «são fatores determinantes para o sucesso destes empresários, mas também para o aumento da fonte de rendimento dos nossos agricultores».
Instado a propósito do Orçamento do Estado para 2021, Paulo Cafôfo referiu que é preciso haver uma estabilidade no país, principalmente num momento como este de pandemia, pelo que «todos os esforços – seja do Governo, seja dos partidos da oposição – têm de estar canalizados para ultrapassarmos e darmos a volta a este momento difícil». «A estabilidade é fundamental. Não podemos ter um Orçamento por duodécimos, isso seria muito mau nesta conjuntura. Portanto, aquilo que se espera é uma responsabilidade de todos e que este orçamento seja bom para a Madeira», rematou.