O PS-Madeira apontou hoje o foco à resolução dos problemas da habitação na Região, considerando este o maior drama que os madeirenses enfrentam.
Numa ação de campanha junto ao Bairro dos Viveiros, no Funchal, Paulo Cafôfo lembrou que, já quando foi presidente da Câmara do Funchal, teve a habitação como prioridade, tendo a autarquia sido a única entidade pública a construir habitação nova na Região nos últimos anos, e tendo criado um subsídio municipal ao arrendamento.
Segundo o candidato socialista à presidência do Governo Regional, se esta era já uma necessidade à data, o problema ampliou-se, com a Madeira a ser atualmente a região com os preços mais elevados de aquisição e arrendamento habitacional. “Hoje em dia, o preço médio de uma casa é de 460 mil euros e o do arrendamento é de 1.475 euros. Qual é o madeirense que tem dinheiro para adquirir ou para arrendar uma habitação”, questionou, acrescentando que “este é o maior drama que a Região tem”.
Paulo Cafôfo salientou que o PS tem soluções para este problema e assegurou que, se o partido for Governo, irá criar uma garantia pública ao financiamento para a aquisição da primeira habitação, destinada a pessoas até aos 40 anos. “No empréstimo que as pessoas fazem, a Região acaba por dar o seu aval, garantindo um financiamento a 100% e permitindo que possam contratualizar o crédito sem terem de dar uma entrada”, explicou, esclarecendo que, se as pessoas não cumprirem, a Região assume a sua componente do crédito e estabelece um contrato de arrendamento com as mesmas.
Para além disso, o candidato do PS propõe-se a aumentar os apoios ao arrendamento e construir mais fogos habitacionais para agregados familiares com menores condições socioeconómicas e para a classe média. “Com o PS, haverá uma mudança nesta forma de encarar a habitação, com um conjunto de propostas integradas que darão resposta aos problemas dos madeirenses e dos porto-santenses”, asseverou.
Paulo Cafôfo disse que este é um momento decisivo para a Região, lembrando que o mesmo poder que nos governa há 48 anos não resolveu os problemas. “Se toda a gente se queixa, só tem uma coisa a fazer, que é votar no PS, porque somos o partido com a única solução governativa para garantir estabilidade”, frisou, acrescentando que, “neste momento, Miguel Albuquerque é a instabilidade em pessoa”.
“Albuquerque é um catavento
e a incoerência em pessoa”
Na ocasião, o candidato do PS foi instado sobre o modelo de apoio ao desporto, aproveitando para criticar a postura do presidente do Governo e do PSD-M. “Neste momento, Miguel Albuquerque é um catavento e é a incoerência em pessoa, porque, há bem pouco tempo, anunciou que não iria rever o modelo desportivo e, agora, face à pressão eleitoral em que se encontra, já assume que poderá rever o modelo de financiamento do desporto”, declarou.
Paulo Cafôfo fez notar que, no seu programa eleitoral, o PS já tinha o compromisso de redefinir o modelo de apoio ao desporto, mesmo antes de o Nacional ter subido à primeira liga – feito que enalteceu, esperando que o mesmo possa suceder também com o Marítimo.
Para tal, disse que o objetivo é juntar os agentes e os clubes desportivos, para que esse processo tenha o contributo de todos. “Não será um modelo imposto”, sublinhou. O líder socialista deu ainda conta que este modelo inclui as várias modalidades e não apenas o futebol profissional. “Temos de calcular o impacto social que têm as modalidades profissionais e amadoras e ver qual o modelo que mais se adequa, que seja equitativo aos apoios que devem ser dados, tanto à formação, como ao desporto profissional”, rematou.