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Paulo Cafôfo está atento às preocupações dos jovens e considera fundamental a participação cívica destes

Após a reunião, o candidato socialista deu conta do facto de existirem muito poucas associações estudantis e juvenis na Região, tendo afirmado que há que começar pela educação e por dar condições para que os jovens possam participar. «Eu acredito que a envolvência cívica dos jovens é fundamental», referiu, explicando que a participação faz-se com a auscultação e que «mais do que nós dizermos aquilo que pensamos, é ouvirmos aquilo que os jovens têm para dizer».

Paulo Cafôfo apontou alguns dos assuntos debatidos na reunião, um dos quais a questão do sucesso educativo. «O sucesso educativo faz-se, em primeiro lugar, criando condições para que todos tenham acesso ao sucesso. Isso passa pela gratuitidade do ensino obrigatório – nos transportes, na alimentação e nos manuais e materiais escolares», afirmou, explicando que os fatores socioeconómicos das famílias estão diretamente relacionados com os índices e as taxas de sucesso ou insucesso escolar.

Outro aspeto tem a ver com a criação de condições para que o ensino seja cooperativo, muito mais competitivo. «Temos de alterar o modelo de ensino para que os alunos possam aprender, e o foco tem de estar nas aprendizagens», sustentou, acrescentando que «os alunos aprendem de diversas formas» e que «não podemos ter um ensino de tamanho único, em que o professor debita informação e os alunos que apanham têm sucesso, os que não apanham podem ter uma explicação (aqueles que podem), e os que não podem ficam para trás». «Nós não podemos deixar ninguém para trás numa matéria como a Educação, porque temos já 26 % de abandono e absentismo aqui na Região», vincou o candidato, sublinhando que se quisermos ter uma perspetiva de desenvolvimento regional, temos de inverter estes números.

Outra matéria debatida tem a ver com a envolvência e a participação dos jovens. Tal como lembrou Paulo Cafôfo, foi realizado um fórum estudantil por iniciativa da Secretaria de Estado da Juventude aqui na Região, mas «nunca mais se realizou nenhum». «Nós temos de ter aqui espaços de participação, de envolvência, que não sejam esporádicos, que tenham um caráter periódico, porque os jovens têm esta necessidade de falar, de abordar temas que lhes dizem respeito», salientou, referindo ainda que nesta reunião os jovens abordaram as questões do ambiente, do emprego e da qualificação profissional. «Estes temas foram por eles enunciados e nós teremos em conta isso no nosso programa de Governo», afiançou.