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Paulo Cafôfo denuncia falta de compromisso do Governo da República com a Madeira no Orçamento do Estado para 2026

O Partido Socialista da Madeira realizou esta sexta-feira, na sua sede regional, o plenário “Ouvir e Dar Voz – Plenário sobre o Orçamento do Estado 2026”, com a participação de Paulo Cafôfo, Sofia Canha e Emanuel Câmara.

Perante militantes e simpatizantes, Paulo Cafôfo apresentou uma análise crítica do Orçamento do Estado para 2026, centrando-se nas implicações para a Região Autónoma da Madeira e denunciando a retirada de medidas deste orçamento que estavam inscritas no Orçamento de Estado de 2025 e que nunca foram concretizadas.

O líder socialista referiu que “este é um orçamento que esquece a Madeira” e acusou o Governo da República de esquecer compromissos com a Região, lembrando que não há garantias nem para o ferry que faça a ligação marítima entre a Madeira e o continente, nem para a nova plataforma do subsídio de mobilidade, de modo a que os madeirenses só paguem os 79 euros. Essas duas promessas constavam do Orçamento de 2025 e agora desapareceram do documento. “Neste orçamento houve um apagão nos compromissos com a Madeira, o que representa uma falta de respeito para com os madeirenses”, afirmou.

Paulo Cafôfo lamentou que o Governo Regional se mantenha calado e obediente e que Miguel Albuquerque não tenha força nem influência política para desbloquear dossiês fundamentais em Lisboa: “O ferry continua sem verba, a mobilidade aérea continua sem solução e o silêncio do PSD Madeira é ensurdecedor”, sublinhou.

O Presidente do PS Madeira referiu ainda outros compromissos por cumprir com os madeirenses e porto-santenses, como:

_ O segundo meio aéreo;

_ A extensão do subsídio de insularidade aos trabalhadores da Administração Central nas Regiões Autónomas;

_ A atualização e assunção da comparticipação de 50% dos custos do novo hospital por parte do Estado;

_ A compensação financeira para cobrir as insuficiências do POSEI (à semelhança do que aconteceu na Região Autónoma dos Açores);

_ A devolução do IVA às IPSS no âmbito de obras financiadas pelo PRR;

_ O pagamento da dívida reivindicada pela Região Autónoma da Madeira relativamente aos subsistemas de saúde dos agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP), da Guarda Nacional Republicana (GNR) e das Forças Armadas;

_ A reabilitação do Centro Educativo da Madeira;

_ O plano de requalificação e reabertura do edifício da Fundação INATEL na Madeira;

_ O financiamento do passe sub23.

O dirigente socialista apontou a incoerência do PSD-Madeira, recordando que “quando o Governo da República era do Partido Socialista, bastava uma divergência e caía o Carmo e a Trindade.  Agora, com o Governo do PSD, estão de cócoras, em silêncio, incapazes de defender a Madeira”, criticou.

Cafôfo reforçou que a Autonomia serve para defender a Madeira sempre, independentemente de quem governa em Lisboa: “A Autonomia não pode ser uma bandeira de ocasião, usada apenas para atacar um governo socialista. A Autonomia é dignidade e deve servir os madeirenses, não as conveniências partidárias. Autonomia não é subserviência”.

O líder do PS-Madeira concluiu afirmando que o partido continuará a defender uma Madeira que seja respeitada, apelando a um verdadeiro compromisso nacional com as Regiões Autónomas. “Quem serve a Madeira, serve os madeirenses e não uma sigla partidária.” Neste contexto, Paulo Cafôfo aproveitou a ocasião, para expressar o seu reconhecimento pelo trabalho, empenho e competência demonstrados por Sofia Canha durante o seu mandato na Assembleia da República, sublinhando o contributo decisivo que deu à defesa dos interesses da Região e das causas dos madeirenses. Em nome do Partido Socialista, desejou ainda ao novo deputado Emanuel Câmara, o maior sucesso no exercício das suas funções, certo de que continuará a representar com dedicação e firmeza a Madeira e os seus cidadãos no Parlamento nacional.