Na ocasião, Paulo Cafôfo deu conta de alguns desafios que se colocam a este que é um setor com impacto na economia e no turismo da Região, tendo em conta a promoção que é conseguida através do Vinho Madeira.
Uma questão tem a ver com o envelhecimento dos viticultores. «Esta é uma realidade, a maior parte deles tem já alguma idade e não se vê a renovação em termos das novas gerações que possam dedicar-se a esta atividade agrícola», constatou o candidato, considerando que «precisamos de arranjar incentivos e formas de esta atividade se manter, porque, se não, o setor efetivamente morre». Paulo Cafôfo referiu, por outro lado, a existência de mais de 2.000 viticultores em 470 hectares, apontando como outro desafio este parcelamento e a forma como podemos conjugar sinergias para poder potenciar a produção do vinho Madeira.
Outro grande desafio é a questão da internacionalização e da exportação. «Nós temos dificuldades em mercados tradicionais, como é o mercado inglês, com esta questão do “Brexit”, e, portanto, precisamos de buscar mercados alternativos». «Aqui, uma agência para a internacionalização é uma das formas que podemos ter de, através da conjugação de todas as empresas (neste caso as empresas de produção e comercialização de vinho), conjuntamente mas com políticas orientadas pelo Governo e com apoios, poder captar outros mercados e, assim, compensar aqueles mercados tradicionais onde temos vindo a perder quota», afirmou ainda.