Na ocasião, Paulo Cafôfo considerou que «a saúde mental deve estar no centro da agenda das políticas de saúde», tendo em conta que hoje em dia este é um problema premente, pois cada vez mais há pessoas a sofrer de ansiedade e de depressões, pelo que «cabe ao Governo Regional ter as políticas certas para dar as respostas necessárias».
Além da questão dos cuidados de saúde propriamente ditos, o candidato socialista destacou as respostas em termos de humanização que são dadas por instituições como esta, sendo que as mesmas «devem ser apoiadas financeiramente com o devido valor que o serviço prestado e os custos inerentes merecem». «Por isso, a atualização por parte dos acordos deve ser feita anualmente e no valor que seja justo para o serviço que é prestado», reforçou.
Referindo que o PS tem um papel determinante no que diz respeito à saúde mental, Paulo Cafôfo adiantou que valoriza muito «a existência de um plano integrado de promoção e prevenção da saúde mental, que se divida em três eixos». Um primeiro eixo, explicou, deve ser a interligação dos serviços a partir da base. «É logo nos centros de saúde, quando as pessoas chegam, que deve haver uma atuação preventiva», disse. Tal como constatou, muitas vezes, os médicos de família não têm a capacidade, pelo trabalho enorme que têm e os doentes que têm ao seu encargo, nem os centros de saúde estão preparados para isto, sendo que o que acontece é que ou mandam logo para um psiquiatra ou passam logo um psicofármaco. Na ótica do candidato, esta não é a solução. Por isso, entende que deve haver um trabalho intermédio, através dos psicólogos, os quais possam fazer uma avaliação e um acompanhamento, e, só em situações mais específicas, então haver esse encaminhamento e esse tipo de tratamento.
Um segundo eixo importante é a existência de uma rede de cuidados continuados. «Estas pessoas e as suas famílias precisam, no período de reabilitação e no período da reinserção familiar, desta rede, que é indispensável», afirmou.
Por fim, um terceiro ponto passa por toda a comunidade estar envolvida. «A saúde mental diz respeito a todos e temos de desconstruir preconceitos, quebrar estigmas, porque é um problema que pode chegar a todos e temos de estar todos envolvidos no acolhimento e na resolução dos mesmos», sustentou Paulo Cafôfo, vincando que este plano integrado tem de ser colocado em prática nestas três valências.