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PAULO CAFÔFO APONTA A SAÚDE COMO PRIORIDADE E DEFENDE CONTRATAÇÃO DE MAIS MÉDICOS E ENFERMEIROS DE FAMÍLIA

O candidato do Partido Socialista-Madeira a presidente do Governo Regional esteve reunido, hoje, com o Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira, para auscultar este organismo em relação às questões que dizem respeito a esta classe profissional, mas também matérias relacionadas com o Sistema Regional de Saúde.

Após o encontro, Paulo Cafôfo afirmou ser preciso «valorizar a carreira dos enfermeiros». O candidato apontou a importância do descongelamento, que está em curso, acrescentando, contudo, que há «algumas distorções e algumas injustiças que precisam de ser efetivamente reparadas». Por outro lado, entende que o teto que existe em relação aos enfermeiros especialistas deve ser alterado em função das necessidades do serviço e dos doentes. Um terceiro fator apontado é a questão de os enfermeiros poderem ter maior autonomia no exercício da sua função para poderem decidir e, em benefício também do doente, poder haver uma resposta mais direta e mais eficaz.

Paulo Cafôfo referiu, ainda assim, que a questão dos enfermeiros tem de ser integrada numa outra questão mais abrangente, que é o próprio funcionamento do Sistema Regional de Saúde. Tal como afirmou, apesar dos excelentes profissionais que temos (médicos, enfermeiros e outros técnicos e profissionais), existem «carências no Sistema Regional de Saúde». Exemplos disso são o Hospital Doutor Nélio Mendonça, que já não responde às necessidades, o Hospital dos Marmeleiros, que «está completamente obsoleto e não tem condições de trabalho nem de segurança para os profissionais», a questão das listas de espera, principalmente para cirurgia, que estão constantemente a aumentar, bem como a falta de médicos de família e de uma aposta nos cuidados primários.

Como tal, o cabeça-de-lista às eleições legislativas regionais voltou a apontar a Saúde como uma prioridade do PS, indicando uma estratégia que passa, em primeiro lugar, por garantir o acesso aos cuidados de saúde, o qual, na sua ótica, «não está garantido quando temos listas de espera a aumentar ou quando as pessoas não têm o seu médico de família». De acordo com Paulo Cafôfo, estas questões resolvem-se com a contratação de mais profissionais. «Nós precisamos de mais médicos e enfermeiros de família para podermos, na base do sistema regional, dar as respostas necessárias», afirmou. Por outro lado, no que diz respeito às listas de espera, defendeu tempos máximos de resposta e alocação dos recursos necessários (financeiros e humanos), possibilitando assim um aumento da produtividade dos blocos operatórios, que neste momento estão subaproveitados na sua capacidade. Além disso, vincou a necessidade de resolver os problemas ao nível dos cuidados primários, dos centros de saúde, sendo que, tal se verificando, «teremos um grande avanço da qualidade dos serviços de saúde».

Questionado sobre a contratação de 400 enfermeiros anunciada pelo atual Governo, Paulo Cafôfo disse concordar com a mesma, mas acrescentou que não está a colmatar as necessidades efetivas. «Foi um número que foi estabelecido, mas nós estamos muito longe dos rácios que deveríamos ter face à nossa população», referiu, sustentando que esta contratação é importante, mas «precisamos de muitos mais médicos e enfermeiros», particularmente nos cuidados primários, onde existe uma «grande carência».