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Paulo Cafôfo alerta que uso obrigatório de máscaras pode pôr em causa a retoma do Turismo

«Temos de ter medidas proporcionais que sejam justificadas e que possam contribuir para que a retoma do Turismo possa acontecer em condições de segurança», sustentou, alertando que «a questão do uso de máscaras pode pôr em causa mesmo a retoma do Turismo». Exemplos disso são as Ilhas Baleares, onde esta mesma medida foi implementada e está a ter efeitos nefastos, nomeadamente o cancelamento de reservas.

No entender do também deputado socialista, se temos a situação do ponto de vista epidemiológico controlada (temos poucos casos) e se existe um controlo no aeroporto em termos dos testes que são feitos às pessoas, «não se justifica que haja este uso de máscaras». Paulo Cafôfo esclarece que o PS é a favor de medidas que possam garantir a segurança da população, mas lembra que a maior parte desta tem tido um comportamento exemplar, excetuando algumas questões relacionadas com eventos que foram mediatizados, nomeadamente um rali. Por isso, refere que há é que «controlar e fiscalizar nesses eventos a segurança, as regras sanitárias e o distanciamento social, e não obrigar toda uma população a usar máscara, sendo que isso põe, em primeiro lugar, em causa a retoma do nosso turismo». O responsável disse também que a questão da proporcionalidade, da justificação e da legalidade é fundamental e lembrou que diversos constitucionalistas e juristas têm posto em causa a constitucionalidade desta medida.

Por outro lado, Paulo Cafôfo aproveitou a visita a Santana para abordar as problemáticas que afetam o desenvolvimento de toda a costa Norte da ilha e que põem em causa a coesão territorial na Região, nomeadamente o despovoamento, o envelhecimento e o empobrecimento. «Nós temos um desequilíbrio na nossa ilha. Temos 80 por cento da população a viver em concelhos como Funchal, Santa Cruz, Câmara de Lobos e Machico e temos aqui uma população que é muito envelhecida», declarou, considerando que há que tomar medidas para inverter esta situação e condições para fixar as pessoas nestes locais. Neste âmbito, defendeu a existência de incentivos e benefícios para as empresas que têm sede social nestes concelhos, de modo a que possa haver criação de emprego, fixação de pessoas e desenvolvimento destas localidades.

Para além disso, o presidente do PS-M considerou essenciais os serviços públicos nestes locais, apontando particularmente a questão da Saúde, a qual, perante uma população envelhecida, tem ainda maior importância. Segundo afirmou, os serviços de urgências, os cuidados primários e continuados são fatores determinantes para servirem de aliciante e de confiança para quem quer ali viver.