O Grupo Parlamentar do PS-Madeira criticou, hoje, o facto de a proposta de Orçamento Regional para 2025 continuar a não contemplar medidas para responder aos problemas da classe docente.
Esta tarde, os socialistas estiveram reunidos com a direção do Sindicato dos Professores da Madeira, tendo Rui Caetano constatado que o Governo Regional, mais uma vez, não cumpre aquilo que prometeu. “Ao analisarmos o Orçamento, verificamos que não está lá rigorosamente nada daquilo que foi prometido relativamente aos direitos e às reivindicações dos professores”, reforçou.
De acordo com o deputado, neste momento há professores que continuam a perder tempo de serviço. Como explicou, aqueles que se encontram em zonas de transição na carreira perderam três a quatro anos, ao passo que aqueles que têm de subir para os escalões onde são impostas quotas perdem um a dois anos.
“Este orçamento para 2025 não tem nem uma linha para resolver essas situações”, condenou Rui Caetano, acrescentando que, da mesma forma, não há medidas no sentido de garantir que os professores com três anos de serviço consecutivos sejam vinculados aos quadros da Região. “A Madeira é a única região do País onde são necessários cinco anos para que os professores possam ser vinculados”, criticou.
O parlamentar socialista apontou igualmente que o Orçamento não contempla medidas tendentes à desburocratização do trabalho docente, diminuindo o cansaço e o desgaste da classe, assim como não tem uma única proposta para ajudar a resolver o evidente problema da falta de professores na Região. Ainda neste âmbito, lamentou que volte a não estar prevista a celebração de um protocolo com a Universidade da Madeira para abrir cursos de via ensino e para criar condições para a profissionalização em serviço para aquelas pessoas que têm licenciatura, mas não têm formação pedagógica, de modo a que possam “entrar na carreira e abraçar a profissão docente”. A falta de um plano regional de formação profissional foi outra das falhas apontadas.
“Mais uma vez, este Governo Regional continua a prometer muito, a fazer muita propaganda, mas depois não concretiza nada. E aquilo que vemos é que os direitos dos professores continuam a ser desprezados e a não ser salvaguardados”, rematou.