O vereador do PS na Câmara Municipal do Porto Santo votou, hoje, contra o orçamento municipal para 2023, considerando que o documento é praticamente uma cópia do deste ano.
Miguel Brito refere que o orçamento fica muito condicionado pelo facto de a maior parte da despesa incidir sobre os custos com o pessoal, o que limita o investimento.
Conforme deu conta, o Município continua “muito tímido” no que se refere à implementação de novas políticas atrativas de investimento para quem queira apostar e viver na ilha dourada.
O socialista explicou que uma das razões que estiveram na origem do voto contra prende-se também com o facto de não ter sido tida em conta a proposta apresentada pelo PS que visava a criação de um apoio à natalidade, que consistia na atribuição de 1.200 euros por cada nascimento no Porto Santo (divididos em 120 euros mensais). Um valor que, atendendo à atual conjuntura, seria importante para ajudar as famílias nas despesas inerentes aos cuidados a ter com as crianças.
Por outro lado, Miguel Brito considerou que é o próprio executivo que reconhece o falhanço da governação, ao afirmar que as áreas social e da habitação são as mais privilegiadas no orçamento. Tal como referiu, se, de facto, os constantemente anunciados recordes no turismo e na economia tivessem reflexo efetivamente na vida dos porto-santenses, estes teriam autonomia e melhores condições de vida e não teriam de depender deste tipo de ajudas.