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Orçamento do Estado é bom para a Madeira e o da Região não resolve principais problemas

Olavo Câmara, também presidente da JS-M, começou por afirmar que o Orçamento do Estado é bom para os portugueses, que tem em vista proporcionar melhor qualidade de vida à população, aumenta o salário mínimo, diminui impostos e «dá continuidade e consolida todo o trabalho feito na última legislatura por parte do Partido Socialista». Tal como referiu, trata-se de um orçamento que aumenta os rendimentos para as famílias, combate as desigualdades e a pobreza, aumenta o complemento solidário para idosos, aumenta o abono de família, aposta nos jovens e tem atenção à habitação e à Saúde.

O deputado à Assembleia da República sublinha que o Orçamento do Estado é bom para a Madeira, destacando o facto de assegurar o cofinanciamento de 50% para o novo hospital, de garantir mais 100 milhões de euros para a mobilidade aérea, 220 milhões de euros em transferências do Estado para a Região, 10 milhões de euros para programas de qualificação e emprego, bem como a baixa da eletricidade em 1% na Madeira, entre outras medidas.

Em suma, frisou Olavo Câmara, trata-se de um «orçamento que vai ao encontro das expetativas dos portugueses e dos madeirenses».

Por seu turno, a deputada Marina Barbosa adiantou que enquanto o Orçamento do Estado tem como principal preocupação as áreas sociais, o Regional «tem novamente como objetivo a política do betão». «Além da política de engorda do Governo que tem sido praticada pelo PSD em conjunto com o CDS, não investem naquilo que é mais importante», criticou a jovem parlamentar.

Em traços gerais, Marina Barbosa disse que haverá neste orçamento da Região menos investimento, que pagaremos mais impostos e «continuaremos sem verdadeiras medidas que resolvam os principais problemas que afligem os madeirenses e os porto-santenses, nomeadamente as listas de espera na Saúde e a resolução das carências habitacionais». A deputada criticou igualmente a falta de um investimento assertivo na coesão territorial e na diminuição das desigualdades, assim como a ausência de uma discriminação positiva dos concelhos do norte e uma decisiva aposta na diversificação da economia que permita a fixação dos jovens e dos mais qualificados.

Segundo Marina Barbosa, este é um orçamento de continuidade, com redução de fundos comunitários, aumento da carga fiscal, sem qualquer plano de contingência para o Aeroporto, sem medidas de criação de emprego para os mais jovens, de modo a fixá-los na Região e aumentar a sustentabilidade demográfica, e sem apoios efetivos para a natalidade.

Como pontos positivos no orçamento regional, a deputada aponta o novo hospital, a redução do IRS para os jovens (embora seja uma cópia daquilo que prevê OE) e ainda o aumento do salário mínimo regional (também a reboque daquilo que tem acontecido nos últimos quatro anos na República).

De referir que esta iniciativa contou com a presença de diversos elementos do PS de Machico, entre os quais se destaca o presidente da Câmara Municipal, Ricardo Franco, bem como vários jovens.