Carlos Pereira refere que este Orçamento tem três bandeiras: a redução de impostos, a entrega do subsídio de insularidade e a dotação para o novo hospital, sublinhando o seguinte:
a) 90% da redução de impostos propalada é da responsabilidade do governo do PS. Só reduz o IVA da restauração por causa do PS, só reduz parte significativa do IRS por causa do PS. De resto, o assalto ao bolso dos madeirenses contínua. Desde 2011 já ultrapassa 1200 milhões de euros a mais de impostos, cobrados aos cidadãos da Madeira.
b) a devolução do subsídio de insularidade está envolvida num manto de truques que permite entregar menos de metade do subsídio. Em 20 000 beneficiários há 13 000 que recebem entre 0,25 e 1% de subsídio. Uma “trafulhice” que corresponde apenas a 0,2% da totalidade do ORAM2017 e a medida de referência da sensibilidade social deste governo regional.
c) Finalmente, a dotação do hospital, de 3,7 milhões de euros, denúncia as verdadeiras intenções do Governo Regional: a este ritmo, 1% do valor global por ano, o novo hospital só estará totalmente concluído daqui a 100 anos.
O líder ainda refere “mais palavras para quê? Talvez se possa acrescentar que o Orçamento para 2017 ainda reduz o investimento público em 24% e as verbas para a políticas sociais caem 23%. Já os juros da dívida serão de 150 milhões. Em tempo de orçamentos, parece que há um retificativo escondido atrás do ORAM2017.”