Olavo Câmara, deputado à Assembleia da República, representou o Partido Socialista no debate “Diálogos Repartidos: Jovens, eleições e representatividade”, organizado pelo Conselho Nacional de Juventude, enquadrado no 8.º Ciclo do Diálogo Jovem da União Europeia. A iniciativa pretende desafiar jovens, organizações de juventude, decisores políticos e formuladores de políticas, bem como técnicos de juventude e membros da academia a refletir sobre medidas de fomento à participação eleitoral jovem, enquanto eleitores, mas também enquanto candidatos e representantes eleitos nos órgãos de decisão.
Olavo Câmara defendeu que as instituições têm de ser mais “apetecíveis” para que os jovens portugueses participem mais. Para o jovem deputado, as instituições precisam de ganhar maior credibilidade, estarem adaptadas aos novos tempos e a novas formas de comunicação, serem espaços abertos e que permitam a participação, o crescimento e a afirmação dos jovens nas organizações, focadas na procura de respostas e fins para que estão vocacionadas, com resultados práticos e visíveis, para que todos percebam o valor da sua participação e que sintam que estão a fazer a diferença no dia-a-dia.
Olavo Câmara também abordou a importância do voto antecipado e a sua inoperacionalidade para grande parte dos jovens deslocados das regiões autónomas, dando o exemplo das últimas eleições autárquicas, em que a grande maioria dos jovens ilhéus deslocados ficaram impedidos de votar antecipadamente, uma vez que o calendário burocrático do voto antecipado não correspondia ao calendário escolar e das viagens destes alunos. Para o deputado este tipo de voto e a burocracia associada não servem o objetivo proposto e é preciso uma revisão para que não haja barreiras e impedimentos à participação eleitoral dos jovens.
O deputado apontou ainda o bom exemplo do Partido Socialista, que elegeu 7 jovens com menos de 30 anos na atual legislatura na Assembleia da República e tem o deputado mais jovem do país, apontando ainda o facto do PS Madeira ter colocado um jovem em cada parlamento – no Parlamento Europeu, na Assembleia da República e na Assembleia Regional – exemplos que espera que continuem a ser uma marca do partido na Região e que se traduzem na maior aproximação dos jovens aos projetos políticos, por se reverem em quem os representa.