Tal como explicou, a ilha da Madeira tem duas realidades diferentes. Por um lado, a costa Sul, que comporta a maior parte da população e é muito mais desenvolvida, e, por outro lado, a costa Norte, com pouca população, menos oferta de serviços, menos oportunidades, problemas de fixação de pessoas e, consequentemente, menos atratividade para os investidores.
Por isso, defendeu uma majoração significativa dos fundos europeus para investimentos na costa Norte – e também no Porto Santo – no sentido de haver uma clara beneficiação para quem investe nestas zonas. Nesse sentido, Olavo Câmara instou o ministro a propósito desta possibilidade e questionou se esta é uma decisão que cabe ao Governo da República ou ao Executivo regional.
Por outro lado, considerou que deve haver uma maior fiscalização na forma como os fundos são distribuídos e aplicados na Região, denunciando os casos de autarquias da oposição que são prejudicadas e preteridas na aprovação de investimentos cofinanciados pela União Europeia, unicamente por serem de uma cor política diferente da do partido que está no Governo Regional.
O deputado socialista insular acusou ainda o Governo Regional, do PSD, de ter feito a Madeira perder mais de mil milhões de euros de fundos europeus devido ao empolamento do PIB regional, relacionado com os indicadores da Zona Franca.