InícioAtualidadeOLAVO CÂMARA DEFENDE MAIS APOIOS PARA A UNIVERSIDADE DA MADEIRA

OLAVO CÂMARA DEFENDE MAIS APOIOS PARA A UNIVERSIDADE DA MADEIRA

No Parlamento, o deputado madeirense lembrou a distância e os custos de insularidade, fatores que condicionam a UMa na captação quer de docentes, quer de alunos ou de projetos científicos, o que, consequentemente, se reflete na perda de financiamento. «Sabemos os avanços que têm sido alcançados por parte do Governo da República, nomeadamente o aumento do financiamento em 2,4 % e a inclusão no Orçamento do Estado do subsídio de insularidade para os trabalhadores do ensino superior das Regiões Autónomas, reconhecemos os esforços que estão a ser feitos, no entanto, a Universidade da Madeira precisa de mais respostas», afirmou.

Neste sentido, Olavo Câmara instou o ministro da tutela sobre se os problemas da UMa se resolvem, ou não, exclusivamente com mais financiamento, ou se existem outras opções e outro caminho para esbater as fragilidades deste estabelecimento de ensino superior.

O parlamentar apontou que o problema pode ser resolvido com a atração de mais alunos e docentes para a Universidade, com programas de mobilidade de alunos e de docentes, com intercâmbios ou programas à semelhança do Erasmus, que permitam trazer mais alunos e assim aumentar o financiamento, mas também, por outro lado, com mais financiamento indireto e com o acesso aos fundos europeus (aos quais neste quadro comunitário a UMa esteve impossibilitada de concorrer). Considerou, a propósito, que poderia ser constituída uma equipa governamental para ajudar nesta matéria.

«Se existem fragilidades da Universidade por falta de alunos, então vamos garantir mais alunos. Se existem fragilidades de acesso a fundos, então vamos ajudar. Se existem fragilidades no acesso aos fundos nacionais, então vamos conseguir esse acesso», exortou Olavo Câmara.

Defendendo ação, estratégia e desenvolvimento, o deputado socialista madeirense perguntou como é que o Governo pretende atuar para esbater as fragilidades das universidades das Regiões Autónomas, em particular a da Madeira, e que medidas de discriminação positiva tem pensadas para fazer face aos custos da insularidade.

Em resposta a Olavo Câmara, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, afirmou que o Governo tem «uma opção clara neste orçamento de valorizar ainda mais a dotação inicial à UMa, como ficou plasmado no orçamento, em sede daquilo que foi o contrato de legislatura». «Estamos sempre abertos a trabalhar mais, sobretudo percebendo que a autonomia das universidades das regiões autónomas tem de ser sempre preservada e valorizada, mas, naturalmente, em esquemas crescentes de mobilidade de estudantes e docentes, e temos o maior interesse em trabalhar nesse sentido, ajudando sempre o reforço dessas instituições, em colaboração no contexto nacional e europeu», referiu.