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Olavo Câmara defende maior divulgação da língua portuguesa na diáspora para preparar emigrantes que regressam

Esta tarde, na audição ao presidente do Instituto Camões, no âmbito da Comissão dos Negócios Estrangeiros, o parlamentar madeirense começou por reconhecer o papel e o valor que este organismo tem tido ao longo dos anos na afirmação da nossa língua e da nossa cultura nos países com forte presença das comunidades portuguesas.

Tendo sido eleito ao Parlamento pelo círculo eleitoral da Madeira, Olavo Câmara lembrou o facto de viver de perto com as consequências da instabilidade vivida na Venezuela, situação que tem conduzido ao regresso de muitos emigrantes e dos seus descendentes. O deputado constatou que muitos destes lusodescendentes que agora voltam à Madeira têm até formação de nível superior, mas o facto de não falarem português tem causado algumas dificuldades na sua integração na nossa sociedade e na entrada no mercado de trabalho. Tal com o explicou, os mesmos têm de enfrentar um penoso processo de equivalências, pelo que “o domínio do Português é essencial para conseguirem fazer os respetivos exames de equivalência e de admissão exigidos”.

Na ótica do parlamentar socialista, é preciso responder a estas questões na origem, neste caso particular na Venezuela, sendo que o Instituto Camões “tem de ter um papel ainda mais abrangente, no sentido de fazer chegar o Português a mais gente”. “Importa saber as ações que o Instituto Camões tem dirigido à comunidade na Venezuela no ensino e domínio da língua portuguesa, que é fundamental para preparar melhor os nossos emigrantes e seus descendentes para um eventual regresso”, sustentou ainda.

Em resposta a Olavo Câmara, o presidente do Instituto Camões, João Ribeiro de Almeida, afirmou que há uma grande coordenação do ensino na Venezuela e garantiu que “faremos tudo para diminuir esta preocupação geral que há de que qualquer lusodescendente que sai da Venezuela vem sem falar português”. “Estamos a trabalhar no sentido de que não seja bem assim”, assegurou.