InícioAtualidadeOLAVO CÂMARA CANDIDATO ÚNICO À LIDERANÇA DA JS-M

OLAVO CÂMARA CANDIDATO ÚNICO À LIDERANÇA DA JS-M

O atual líder da JS-M mostra-se confiante relativamente ao próximo congresso e na continuação do seu projeto, materializado na moção de estratégia global “A Madeira à Tua Maneira”, que vai ao encontro das preocupações dos jovens madeirenses e direciona o combate político da JS-Madeira.

Aos 28 anos, o jovem advogado enfrenta o seu terceiro e último mandato à frente da JS, tendo sido eleito pela primeira vez em 2014, com a moção “Um Novo Desafio, Uma Nova Solução”, e em 2016 com a moção “Confirmar a alternativa, Afirmar o Futuro”. Agora, afirma, “a moção A Madeira à Tua Maneira é o culminar do momento que a Região Autónoma da Madeira atravessa e é o que os madeirenses querem: uma Madeira à sua maneira, uma Madeira em que os madeirenses podem contribuir ativamente na construção do seu futuro, um futuro para todos, e é nesse sentido que o Partido Socialista e a Juventude Socialista estão a trabalhar com Paulo Cafôfo”. 
Na moção “A Madeira à Tua Maneira”, que apresenta ao congresso do próximo fim de semana, Olavo Câmara define prioridades e linhas orientadoras para os jovens socialistas em seis áreas principais, nomeadamente Emprego, Educação, Mobilidade, Habitação, Coesão Territorial e Mais Participação. 

Sobre o emprego, lembra que “há largos anos que a Região tem a taxa de desemprego e desemprego jovem, bem como a taxa de emigração e emigração jovem mais alta de Portugal. A de abandono escolar é a segunda mais alta. Reunindo a parte dos jovens que não estudam, nem trabalham, e os problemas da precariedade laboral, a principal prioridade do governo regional tem de recair no combate a estas questões”. Na educação, Olavo Câmara quer “uma educação gratuita, com propina zero e manuais escolares gratuitos”, e critica o Governo Regional por não assumir o custo com os manuais escolares, exemplificando vários municípios que estão a assumir esta responsabilidade, quando a educação é regionalizada, da responsabilidade do Governo Regional. “Mas a JS também quer uma educação de qualidade e virada para a sociedade e para as necessidades da Região Autónoma da Madeira”. Quer que a Universidade da Madeira “acrescente valor e seja parceira na escolha e no caminho a seguir no desenvolvimento da Região Autónoma da Madeira. Uma universidade que estude e aposte na nossa potencialidade, de forma a que os investimentos públicos sejam encaminhados nessa direção e que o desenvolvimento da região seja sustentado, preenchendo as necessidades do nosso tecido empresarial”. A mobilidade tem sido nos últimos quatro anos umas das principais bandeiras da JS e, para Olavo Câmara, o estado da mobilidade aérea, marítima e terrestre “é o resultado de 40 anos de políticas erradas do PSD-M. Hoje discutimos problemas que deviam ter sido solucionados há muito tempo atrás, discutimos vários modelos e propostas que foram considerados pelo PSD-M como pouco válidos ou impossíveis, mas que hoje já são possíveis. Isto demonstra bem que o PSD-M andou a brincar com os madeirenses, atrasando o seu desenvolvimento nestas áreas, o que é deveras caricato, e os madeirenses estão a pagar bem caro”. 

Olavo Câmara é muito direto no que a JS quer, concretamente “ferry todo o ano, modelo aéreo que satisfaça os madeirenses e não seja impeditivo para quem nos visita, e uma aposta real nos transportes terrestres para todos os madeirenses, em particular para os jovens, onde é preciso uma aposta clara, no sentido de se criar um passe combinado estudante, sub-25, de valor reduzido, que permita uma maior mobilidade e redução no orçamento dos nossos estudantes e jovens”. Para o jovem socialista, esta é mais uma competência do Governo, à luz da sua autonomia, pelo que “não se pode admitir que depois de anúncios e anúncios, existam jovens estudantes e trabalhadores a pagar mais de 100€ por mês de passe”. 

Como consequência do desemprego ou da precariedade laboral, surge a Habitação, neste caso a falta dela para os jovens, de programas de acesso à compra da primeira habitação e de arrendamento que chegue a todos. “Esta tem de voltar a ser uma aposta regional, uma vez que este problema tem resultado num fator de atraso de realização pessoal de muitos jovens madeirenses, desde a sua emancipação, independência ou criação de família.”
Olavo Câmara, que é natural de um concelho da costa norte da Madeira, tem na Coesão Territorial um conjunto de medidas e políticas que são necessárias para desenvolver os concelhos do norte da Madeira e do Porto Santo, bem como impedir a desertificação da costa norte e o isolamento do Porto Santo, concelhos que, nas palavras do jovem socialista, foram abandonados pelo Governo Regional, por não ter estratégia ou medidas para inverter o êxodo rural, a baixa natalidade ou atrair investimento. 

Por fim, o jovem socialista quer mais Participação dos jovens na política, na sociedade, nas causas públicas, na causa animal, nas alterações climáticas, nas questões de igualdade, nos centros de decisão política, como a criação de um orçamento participativo regional, uma maior descentralização administrativa, o regresso aos círculos concelhios, com um círculo corretor, o aprofundamento da autonomia, que tem de ser discutida, pensada e aplicada. 

Olavo Câmara, que acusa Miguel Albuquerque de se servir da autonomia unicamente para esconder e disfarçar a incapacidade do seu governo e das escolhas erradas do seu partido, lembra que para a JS a autonomia não está à venda, e não pode ser utilizada como uma arma de arremesso para quem não tem nada de novo para apresentar aos madeirenses, sem ser uma constante guerrilha, deixando madeirenses contra madeirenses e portugueses contra portugueses”.  
“O PSD está esgotado no seu modelo, está desacreditado pelos seus militantes e descredibilizado perante os madeirenses”, diz. 

Olavo Câmara não tem dúvidas de que os madeirenses já escolheram o que querem em 2019 e “escolheram que querem mudar. Caberá ao Partido Socialista e à Juventude Socialista demonstrar aos madeirenses que estamos preparados para governar e erguer uma Madeira à Maneira de todos os madeirenses”, conclui.