Carlos Pereira apontou as ideias que os socialistas madeirenses preconizam, a primeira das quais serem os «guardiões da Autonomia». «O PS-Madeira tem de ser na Assembleia da República o guardião da Autonomia, tem de garantir que, no plano nacional, ninguém coloca em causa aquelas que foram as conquistas do povo da Madeira», vincou. Aliás, o candidato deu exemplos de situações em que a autonomia foi posta em causa no passado, a primeira das quais aquando do Plano de Ajustamento Económico e Financeiro, o qual foi um «pontapé brutal e profundo na Autonomia». «Os governos diziam que a Madeira não podia receber menos num determinado ano do que tinha recebido no anterior, mas isso aconteceu. O Estatuto Político-Administrativo diz que todos os impostos ficam na Madeira, mas nós já ficámos sem receitas de impostos na Madeira, com a sobretaxa de IRS», exemplificou, alertando que nada está garantido e que «o PS tem de ser o guardião da Autonomia».
Outra das prioridades do PS será garantir mais fundos comunitários para a Madeira, já que a Região tem tido metade das verbas que os Açores e tem o mesmo nível de desenvolvimento. «O PS da Madeira tem de se mobilizar para garantir que o Estado assegura que, no próximo quadro comunitário, nós temos o dobro dos fundos europeus, nomeadamente em termos de FEDER», afirmou, adiantando que se trata de mais 400 milhões de euros.
Empenho na defesa do Centro Internacional de Negócios da Madeira é outro dos compromissos do PS, bem como assegurar que os juros que a Madeira paga sejam ainda mais baixos do que já são hoje. «Somos nós que estamos mais bem preparados para conseguir isso», afirmou Carlos Pereira, lembrando que foram o PSD e o CDS que «estabeleceram um acordo de financiamento para a Madeira com juros muito elevados e fomos nós que já começámos a reduzir e queremos continuar a reduzir».
No que concerne ao subsídio de mobilidade, cuja revisão já foi aprovada no Parlamento nacional, Carlos Pereira referiu que os governos da República e regional «têm uma responsabilidade grande que é assegurar que aquilo que foi aprovado na Assembleia da República pode ser implementado da maneira que lá está, o que significa que os madeirenses poderão ter acesso a viagens na ordem dos 86 euros sem terem de adiantar muito dinheiro». «Há aqui um trabalho grande a fazer. Da parte do PS, há uma tarefa importante, que é vigiar esse trabalho e garantir que o mesmo é feito de acordo com o princípio que foi aprovado na Assembleia Legislativa da Madeira», disse ainda.
O cabeça de lista mostrou-se ainda convicto de que é o PS que está em melhores condições de, nos próximos quatro anos, garantir mais coisas para a Madeira e ultrapassar todos os dossiês que estão para resolver.
Por seu turno, o presidente do PS-Madeira apelou a que, no próximo domingo, todos vão votar. Emanuel Câmara lembrou que nestas eleições serão eleitos os deputados que irão representar a Região, mas também o Governo da República. «Todos nós sabemos como é importante termos um governo com a capacidade e a responsabilidade de António Costa para continuar a fazer aquilo que tem feito para bem de todos os portugueses, incluindo os madeirenses», disse.
O líder dos socialistas madeirenses mostrou-se convicto que Carlos Pereira será uma voz firme na defesa da Madeira e de todos os madeirenses e considerou que o Grupo Parlamentar do PS na Assembleia da República «ficará muito bem representado com as pessoas que a estrutura regional indicou para representar a Região Autónoma da Madeira», as quais irão fazer um trabalho sério e importante.