A médica de 29 anos começou por explicar o motivo que a levou a aceitar o convite do partido para se candidatar a estas eleições. Com sentido de responsabilidade e vontade de contribuir para um projeto que representa a mudança na região, Sara afirma que a sua missão será representar “todas e todos os madeirenses e porto-santenses”.
“Acho que posso fazer a diferença no Parlamento Europeu, não apenas pelas minhas competências técnicas, mas porque tenho a convicção que represento uma geração que não se sente envolvida nem próxima da política europeia, e é necessário mudanças claras na forma como os eleitos se relacionam com os seus eleitores.”, afirma.
Para a candidata, o Partido Socialista Madeira é o único com capacidade para implementar uma estratégia de desenvolvimento da região que se efetive e com uma postura com a qual se identifica, assente na proximidade que o partido coloca na política.
Assumindo-se como “mulher, independente e socialista”, Sara Cerdas diz que procurará contribuir com dedicação para o projeto coletivo liderado por Paulo Cafôfo.
“Sempre tive consciência da realidade social onde vivemos na Madeira, que é de uma extrema desigualdade entre os mais desfavorecidos e os com mais rendimentos. São necessárias políticas sociais e económicas que tenham como prioridade reduzir estas disparidades, e não tenho dúvidas que o único partido que tem essa preocupação como pilar é o PS.”
“Devo dizer que, ao iniciar este percurso, surpreendi-me muito pela positiva pela envolvência do partido e por todo o apoio recebido desde o momento em que fui anunciada. Certamente que existem sempre algumas vozes discordantes, mas mesmo essas, ao longo do tempo, já vieram demonstrar o seu apoio a este projeto maior que o PS Madeira tem para a nossa região.
Sobre o projeto “Geração Madeira” Sara Cerdas afirma que, neste momento, o trabalho passa essencialmente por esclarecer e informar as pessoas sobre a importância de participarem nestas eleições, sobre o programa e sobre o trabalho que se propõe a desenvolver.
Através de uma campanha de proximidade, a candidata pretende passar a mensagem e criar “pontes de comunicação direta” junto dos cidadãos e das instituições junto das quais irá trabalhar pelo repensar do papel da Europa.
Para Sara Cerdas, as questões que devem marcar a agenda europeia passam essencialmente pelo combate às alterações climáticas, a criação de novos empregos, o investimento em melhores serviços públicos sociais e de saúde para uma população envelhecida, e num sistema de ensino onde exista igualdade de oportunidades.
Questionada sobre “O que pode a Europa fazer pela Madeira e o que pode a Madeira fazer pela Europa?”, a candidata socialista afirma que os madeirenses têm noção da importância da UE para o desenvolvimento da Região graças, entre outras coisas, aos fundos europeus.
Sara Cerdas afirma por isso que é importante olhar para a Europa enquanto oportunidade de desenvolvimento pensada de modo a dar resposta a temas como o investimento na educação, o conhecimento, o combate à pobreza e desigualdades sociais, a diversificação económica.
“É graças às Regiões Autónomas que o país e a Europa beneficiam de circunstâncias geográficas e económicas únicas, que devem também ser aproveitadas e potencializadas pelas instituições europeias, nomeadamente na sua ligação ao mar e à Zona Económica Exclusiva, à Economia do Mar, e como plataforma de ligação aos continentes americano e africano. As realidades específicas das RUP são um desafio para a União Europeia, em termos de continuidade territorial e de coesão social.”
No Parlamento Europeu a candidata assumirá cinco áreas fundamentais: combate ao desemprego e diminuição das desigualdades sociais e pobreza; investimento na educação e qualificação; gerar um novo modelo de desenvolvimento económico, que passe pelo turismo, agricultura, pescas e produtos regionais; coesão territorial; e sustentabilidade ambiental.
O objetivo passa essencialmente por estabelecer um novo modelo de desenvolvimento económico e social que crie mais oportunidades nestas áreas reduzindo as desigualdades sociais e a pobreza e garantindo a coesão social e territorial.
A estas ideias Sara Cerdas acrescenta o desenvolvimento de uma estratégia de “Saúde em todas as políticas”, que promova a saúde de forma transversal, apostando na prevenção e no direito universal ao acesso à saúde.
Sara Cerdas ambiciona um bom resultado nas Eleições Europeias e, consequentemente, nas Eleições Regionais de Setembro.
“O facto de o PS Madeira ter apostado numa jovem, de uma nova geração qualificada, da sociedade civil, sem estar ligada aos diretórios partidários é um claro sinal de mudança na forma de fazer política na região. E é um sinal de que o PS Madeira conta com todas e todos os cidadãos para construir um projeto para uma região mais desenvolvida, com melhores cuidados de saúde, com mais oportunidades de emprego, menos pobreza e desigualdades sociais.”, conclui.