Dar seguimento aos 10 projetos para caminhos agrícolas no concelho é um objetivo da candidata do PS à Câmara Municipal da Ponta Sol. Célia Pessegueiro quer colocar um fim na discriminação com que o município se depara no acesso aos fundos comunitários. “O dinheiro da Europa não é de nenhum partido, não é de nenhum governo, é de todos nós”, defende.
Hoje, num almoço-comício na Ponta do Sol, no qual participou também o presidente do PS Madeira, Célia Pessegueiro adiantou que, nos próximos dias, fará chegar ao Governo Regional uma lista com os 10 projetos para caminhos agrícolas, contado receber uma resposta positiva que resulte na abertura dos avisos.Se tal abertura não acontecer a atual presidente da Autarquia da Ponta do Sol pretende avançar para uma queixa junto da União Europeia.
“Se continuar a discriminação e o uso dos dinheiros comunitários com fins partidários nós vamos apresentar queixa junto da Autoridade de Gestão dos Fundos e junto da União Europeia por fraude e discriminação no uso de fundos comunitários”, avança a atual autarca.
Célia Pessegueiro conclui que “temos a certeza que essa queixa será atendida porque os dinheiros não são para serem usados pelos partidos, nem em chantagem em campanhas eleitorais, as verbas são de toda a população. Vão ter luta da nossa parte e não vão usar essa ameaça contra a população da Ponta do Sol”, conclui.
Governo considera municípios inúteis
Por seu turno, o presidente do PS-Madeira aproveitou a ocasião para sublinhar que “o PS apoia e acredita verdadeiramente no poder local”, ao contrário do que fez o Governo Regional quando colocou as Câmara Municipais à margem da gestão das verbas provenientes da ‘bazuca’ europeia, tratando o poder local como órgãos inúteis.
“Há aqui tiques centralistas, tiques colonialistas de quem se diz autonomista, mas não respeita a autonomia do poder local, nem valoriza o poder local”, frisou.
O presidente do PS Madeira vê com muita preocupação a questão da distribuição destas verbas, lembrando o “currículo do PSD”, no desbarato da aplicação de fundos comunitários em obras inúteis, dando como o exemplo a Marina do Lugar de Baixo, na Ponta do Sol. Refere mesmo que retirar os partidos com assento parlamentar da comissão de acompanhamento e colocar “os amigos do Governo Regional” é o mesmo que “colocar a raposa a guardar o galinheiro”.
O presidente do PS diz ainda que a Ponta do Sol “deseja” uma maioria do PS para que “possa avançar sem bloqueios”, como os que aconteceram no presente mandado. “Não foi um bloqueio contra a Célia Pessegueiro, ou contra o PS, foi um bloqueio contra os ponta-solenses”, crítica.
Por fim, Paulo Cafôfo elogiou o trabalho realizado pela autarca ao longo dos últimos quatro anos, destacando que o concelho é hoje uma referência em políticas ligadas à cultura, apoio às famílias, valorização do património e rigor financeiro.
“A Célia Pessegueiro tem colocado a Ponta do Sol no mapa, não só porque é a primeira mulher a ser eleita como presidente de Câmara, mas por ter sido uma referência na liderança dos destinos da Ponta do Sol”, conclui.