A vitimização do Governo Regional é uma constante, distraindo constantemente a população para sua governação medíocre com a demissão de vários secretários regionais;
2 – O Governo Regional confunde-se com o partido, trata o aparelho regional como um instrumento partidário, e já não têm vergonha de confundir publicamente o papel institucional com o partidário. Para o PSD-M os madeirenses e porto-santenses têm de estar ao serviço do seu partido, e não o contrário. A intitulada renovação foi uma espuma de verão, que rapidamente se esvaneceu e trouxe de volta o pior do jardinismo. Não apenas as personagens de que já ninguém tinha saudades, mas o regresso da repressão sobre os funcionários públicos, a ameaça velada, a pressão sobre os empresários, o desrespeito por todas as elementares regras de condução institucional;
3 – Assistimos diariamente a um disparatar de ataques políticos sem sentido dirigidos ao candidato do PS-Madeira ao Governo Regional, Paulo Cafôfo, num desespero nunca visto da parte de quem sente que chegou ao fim de ciclo, e tenta a todo o custo manter-se à tona. O Vice-Presidente contratou 20 assessores para o seu gabinete, e todas as semanas descobrimos a contratação de mais assessores de imprensa para outras secretarias e até institutos regionais, e questionamos porquê e para quê? Estão a trabalhar para o serviço à população, ou estão a trabalhar para o partido, para pressionar a comunicação social e entupir as redes sociais de perfis falsos? Os ataques gratuitos diários ao Governo da República não são uma coincidência;
4 – O atual Governo da República continua, felizmente, e ao contrário do que verbera o PSD, a assumir a devida responsabilidade institucional e política para com a Madeira e todos os madeirenses, tendo passado a pagar as dívidas do subsistema de saúde no valor de 17 milhões de euros, os 16 milhões de euros anuais dos Jogos da Santa Casa e assumido que pagará 50% do novo hospital, matérias que o Governo PSD/CDS-PP sempre se recusou a pôr em prática;
5 – Pelo contrário, em matéria de mobilidade e transportes entre a Madeira e o Continente, o atual Governo Regional continua sem fazer o seu trabalho, demonstrando-se inteiramente incapaz de conceber uma nova proposta para o subsídio de mobilidade, mesmo depois de, no passado, já ter aceite uma verba mínima de 11 milhões de euros de comparticipação do Governo de Passos Coelho, mas considerar que, atualmente, 25,5 milhões é pouco. Ou seja, com Passos Coelho, 11 milhões de euros chegavam e bastavam, mas com António Costa 25,5 milhões são uma traição. Também questionamos, já passaram três anos e o Governo Regional continua sem conseguir colocar mais uma companhia na rota para acabar com o duopólio da TAP e Easyjet, que permitisse baixar os preços. Porquê não se mexe o Governo Regional?
6 – Em relação ao mau serviço da Binter nas ligações entre a Madeira e o Porto Santo, o PS reafirma o que disse. Se a Binter não dá resposta às necessidades e aos compromissos de serviço público, é melhor sair da linha e permitir que se encontre uma solução alternativa. É bom recordar que o Governo Regional fez parte do Júri do Concurso, com a Diretora Regional dos Transportes, e o Vice-Presidente quis ficar com os louros quando a Binter começou a operar, fazendo de corta fitas. Na altura achavam muito bem, mas quando há problemas a culpa já é de Lisboa;
7 – Por último, é de lamentar a postura do Presidente do PSD-M e do Governo Regional, Miguel Albuquerque, que passa os dias a zurzir contra inimigos imaginários em vez de liderar o seu Governo e resolver os problemas dos madeirenses. Todo este discurso negativo, mentiroso, populista e demagógico serve apenas para criar cortinas de fumo para os verdadeiros interesses do PSD. E questionamos olhos nos olhos: existem ou não governantes que apenas estão no governo para servir os interesses de determinados grupos económicos? Entre janeiro e junho, deste ano, já foram adjudicados 37 Milhões de Euros em obras, dos quais 1/3 adjudicados ao mesmo grupo. Pela primeira vez, e inacreditavelmente, foram igualmente pagos 3 Milhões de Euros de indemnizações por obras não realizadas, o valor anual equivalente pago pelo transporte marítimo ferry para o continente. O ciclo do betão já terminou, mas este PSD continua num tempo perdido. Chegou a altura de mudar o estado de coisas, de haver um governo transparente, com uma nova geração de políticas públicas que inicie a resolução dos problemas estruturais com que a região se debate há décadas, na educação, na saúde, na diversificação da economia regional, e dê um novo impulso de desenvolvimento à Madeira e Porto Santo.