InícioAtualidade“Ninguém é mais autonomista do que eu”, afirma Sérgio Gonçalves

“Ninguém é mais autonomista do que eu”, afirma Sérgio Gonçalves

O candidato do PS-Madeira à presidência do Governo Regional apontou hoje o firme propósito de mudar a Madeira e fazer desta uma terra de oportunidades para todos, bem como pugnar pelo aprofundamento da Autonomia regional, colocando-a ao serviço de todos e não apenas de alguns.

No comício que teve lugar em Machico, com a presença do secretário-geral do PS, Sérgio Gonçalves afirmou que ninguém é dono da Autonomia, que esta não é propriedade de um partido ou de um governo, mas sim de todos os madeirenses. “Muito menos é propriedade de quem diz uma coisa na Região e outra na Assembleia da República”, disparou, lançando farpas ao PSD por, na Madeira, defender a extinção do cargo de Representante da República e depois vergar-se ao PSD nacional e, em Lisboa, anunciar a sua substituição por um mandatário da República, para que tudo fique na mesma”.

“Basta de enganar os madeirenses! Basta de usar a Autonomia como arma de arremesso político! Basta de usar a Autonomia apenas para servir alguns! Ninguém é mais madeirense do que eu! Ninguém é mais autonomista do que eu!”, atirou.

Perante uma sala repleta e imbuída da vontade de mudar a Madeira, o presidente do PS elencou as razões pelas quais se afigura urgente concretizar a alternância governativa, começando por criticar o facto de o Governo de Miguel Albuquerque ter deixado um legado de pobreza, colocando a Madeira como uma das regiões com o mais alto índice de risco de pobreza e exclusão social, com os rendimentos médios mais baixos do País, graves problemas no acesso à habitação e um sistema de saúde que não dá as respostas necessárias à população.

“Já não há desculpas”, disse, criticando a governação de quase 50 anos que não foi capaz de resolver os problemas dos madeirenses. “Eu quero uma Madeira de oportunidades, onde quem cá nasce possa cá viver e trabalhar. Nós queremos construir uma Madeira melhor e temos as soluções para construirmos essa Madeira melhor”, asseverou.

Nesse sentido, assumiu o compromisso de, com o PS no Governo, implementar tempos máximos de resposta garantidos, para reduzir as listas de espera na saúde, e reabrir as urgências de Santana e Porto Moniz no período noturno. Censurou, aliás, o facto de Miguel Albuquerque dizer que não tem recursos para tal, mas esbanjar milhões em obras inúteis e em tachos de nomeação para o PSD e para o CDS.

Sérgio Gonçalves constatou também o facto de o Executivo ter vindo a negligenciar a habitação e só agora, graças às verbas do PRR, construir 800 habitações, ainda assim insuficientes para responder às necessidades. Perante as dificuldades que os madeirenses têm para aceder à habitação, com os jovens sem poderem comprar ou arrendar casa e a classe média estrangulada com os juros dos empréstimos, o candidato do PS atacou ainda o facto de Miguel Albuquerque preferir gastar 150 milhões de euros no prolongamento da Pontinha, valor que dava para construir mais 800 ou 900 casas. “É por isso que nós temos de mudar”, frisou.

O líder socialista comprometeu-se também com a gratuitidade da escolaridade obrigatória, fazendo com que nenhum aluno até ao 12.º ano tenha de pagar pelos manuais, transportes e alimentação, com o apoio de 3 milhões de euros por ano à Universidade da Madeira e um complemento ao alojamento de até 200 euros mensais para alunos universitários deslocados.

Por outro lado, disse que o Governo do PS irá fazer uso dos poderes que a Autonomia confere à Região, garantindo que irá baixar o IRS e o IVA até ao máximo permitido por lei “já no primeiro orçamento regional”. Como vincou, isto é possível e só não é uma realidade porque o PSD e Miguel Albuquerque não querem. “O presidente do Governo disse que, a continuar em funções, não baixará o IVA. Comigo será diferente!”, afiançou.

Sérgio Gonçalves adiantou que onde o PS governa as pessoas vivem melhor e deu o exemplo do Porto Moniz, de Machico e da Ponta do Sol, cujas câmaras são lideradas pelo partido. Afirmou, por isso, que falta mudar a Madeira “para acabar com este Governo incapaz, um governo agarrado a tachos e a obras desnecessárias, que já não serve há muito tempo os madeirenses”.

Disse, a finalizar, que no dia 24 é dia de fazer a escolha “entre o mesmo de sempre, quem nos governa há quase 50 anos, com todos estes vícios, ou o PS, que quer fazer da Madeira uma terra de oportunidades, com menos impostos, mais salários, mais habitação, melhor saúde e oportunidades para todos”.